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Ações do Deutsche Bank despencam para mínima em 30 anos após declarações do Fed e do FMI

As ações do banco alemão Deutsche Bank caíam nesta quinta-feira para a mínima dos últimos 30 anos após o Federal Reserve reprovar a subsidiária americana no chamado “teste de estresse” e o Fundo Monetário Internacional (FMI) classificar a instituição financeira como a de maior risco no mercado, capaz de provocar um choque no sistema financeiro mundial. As declarações foram consideradas pelo mercado como um duplo golpe ao banco. As ações perdiam 2,7%, vendidas a € 12,32, depois de atingir a mínima em 30 anos, de € 12,05.

Um operador de mercado afirmou que as críticas feitas pelo Federal Reserve em relação ao plano de capital do Deutsche Bank poderão levar a um aumento das dificuldades  da instituição para implantar medidas de aumento de capital. O banco alemão está passando por um profundo processo de revisão após perder em 2015 mais de € 6,8 bilhões. No Fed, este é o segundo ano em que o Deutsche Bank é reprovado no teste de estresse, que avalia a capacidade dos bancos de superarem uma eventual crise econômica.

Outro banco reprovado no teste foi a subsidiária americana do espanhol Santander. No total, foram analisadas 30 instituições com relação a suas políticas de capitalização. Várias foram autorizadas a distribuir mais dividendos aos acionistas, já que possuem situação confortável de capital.

O FMI, além de apontar os riscos que o Deutsche Bank representa para o sistema financeiro mundial, ao lado do HSBC e do Credit Suisse, também alertou para o risco de contágio que o sistema bancário alemão representa para o resto do mundo em casos de choques financeiros. O Fundo ressaltou a necessidade de uma contínua e intensa supervisão, monitoramento e gestão de riscos do Deutsche Bank.

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