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UBS: Oi tem resultado minguante à espera de recuperação judicial

O UBS reforçou sua recomendação de venda para as ações da operadora de telefonia Oi, após analisar os resultados da empresa no segundo trimestre divulgados hoje. O banco suíço estima um preço-alvo para o papel de R$ 0,80.

A companhia, que está em recuperação judicial desde junho, a maior da história do país, de R$ 65 bilhões, informou hoje um prejuízo líquido de R$ 656 milhões no segundo trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 1,435 bilhão, uma queda de 24,4% na comparação com igual período do ano passado. Já a dívida líquida da empresa, que desconta o caixa e valores a receber, fechou o trimestre em R$ 41,4 bilhões, contra R$ 40,8 bilhões observados no final do primeiro trimestre deste ano. 

Para os analistas Richard Dineen e Maria Tereza Azevedo, o desempenho operacional da Oi foi fraco, persistindo elevada alavancagem e baixa visibilidade sobre o futuro de sua reestruturação. Como expectativa, eles esperam que a reforma da regulamentação sobre a concessão de telefonia fixa acelere no Congresso, abrindo o caminho para “dinheiro fresco” para a companhia ao permitir a venda de ativos ou associações.

De acordo com o UBS, os principais riscos externos para empresas de telecomunicações brasileiras incluem flutuações cambiais que afetam as dívida em moeda estrangeira das empresas, fatores que afetam a demanda doméstica no Brasil, incluindo o crescimento econômico global e a inflação, e a regulação do setor, especialmente relacionada ao Projeto de Lei 29, o lançamento do Plano Nacional de Banda Larga e o leilão de frequências para Banda H e WiMax.

As ações da Oi estão em alta, de 4,76% as ON, negociadas a R$ 3,30, e de 0,43% as PN, cotadas a R$ 2,33. A empresa está também às voltas com uma disputa societária envolvendo o empresário Nelson Tanure, que tenta obter o controle da companhia e retirar os conselheiros originários da Portugal Telecom da empresa.

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