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Petrobras confirma estudo para IPO da BR Distribuidora no Novo Mercado

A Petrobras informou ontem que sua diretoria autorizou a elaboração de estudos para a reabertura de capital de sua subsidiaria integral Petrobras Distribuidora, a BR, tornando-a uma companhia listada no Novo Mercado da B3 (antiga BM&FBovespa). A opção pelo modelo de abertura de capital e oferta pública secundária de ações da BR, destinada ao mercado em geral, será submetida à apreciação do Conselho de Administração da estatal  agora.

A BR já foi uma empresa aberta, com ações em bolsa, até 2002, quando fechou seu capital e a empresa foi incorporada à Petrobras.

A diretoria da Petrobras entende que, após encerramento do processo de desinvestimento anterior, conforme comunicado ao mercado em 31 de março, a abertura de capital da BR pode ser considerada como a melhor opção de captura de valor, ao se analisar a situação atual de mercado. Caso aprovada, esta será conduzida por meio de oferta pública secundaria de ações, e terá como um de seus objetivos promover a dispersão acionária da BR.

“Nós já vimos um grande número de IPOs este ano e achamos então que temos condições de mercado extremamente favoráveis para que a empresa considere essa medida”, afirmou  o presidente Pedro Parente. “Essa deve ser uma alternativa que venha a ser aprofundada”,  disse, durante o 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, em São Paulo, onde fez o anúncio da operação.

A notícia da abertura de capital da BR é positiva e pode trazer algum ânimo para suas ações, ainda que o conturbado contexto político interno e as preocupações com a cotação do petróleo minimizem esse efeito, avalia a corretora Coinvalores em relatório.

Pagamento de US$ 1,8 bi em títulos

A Petrobras informou ontem também que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) concluiu a liquidação financeira do resgate antecipado dos títulos 2,750% Global Notes, 5,875% Global Notes e 4,875% Global Notes, todos com vencimento em 2018.  O valor total do resgate foi equivalente a aproximadamente US$ 1,84 bilhão, excluindo juros capitalizados e não pagos e considerando para os títulos em euros  à taxa de câmbio de US$ 1,1149. O resgate foi financiado com os recursos captados pela companhia na recente emissão de títulos, concluída em 22 de maio de 2017.

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