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Oi tem prejuízo de R$ 3,3 bi no 4º tri; proposta aos credores prevê até 16 anos para pagar

A Oi apresentou prejuízo líquido consolidado de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre de 2016, uma diminuição de 30% em relação ao prejuízo de R$ 4,724 bilhões no mesmo período de 2015. O resultado líquido foi impactado principalmente pela baixa contábil de R$ 2,779 bilhões de créditos tributários sobre prejuízo fiscal acumulado na linha de imposto de renda e contribuição social, refletindo as estimativas de resultado tributário do plano de recuperação judicial.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda, indicador de fluxo de caixa livre) recorrente atingiu R$ 1,758 bilhão, recuo de 2,2% na comparação com o mesmo período. A margem do Ebitda recorrente subiu 1 ponto porcentual, para 27,8%.

Ontem, o Conselho de Administração da Oi aprovou o plano de recuperação judicial apresentado pela administração da tele. Agora, o plano será levado a juízo e posteriormente uma assembleia de credores será convocada. O plano prevê pagamento em 15 a 16 anos, com seis de carência do principal para quem não aceitar o acordo. Para quem aceitar, há um menu de propostas que incluem um novo bônus de 10 anos, ações da companhia bônus conversíveis.

A outrora supertele brasileira está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 65,4 bilhões no Brasil e no exterior. Seu controle está sendo disputado por vários grupos brasileiros e internacionais, entre eles os dos empresários Nelson Tanure e Daniel Dantas, o consultor Ricardo Knoepfelmacher e o empresário egípcio Naguib Sawiris.

Na segunda-feira, o Comitê Diretivo do grupo de credores da Oi apresentou petição ao juiz da recuperação pedindo uma audiência de conciliação entre a empresa e suas afiliadas e todos os seus credores, a fim de abertamente discutir os pontos relevantes e controversos da reestruturação da companhia, incluindo as opiniões da Oi sobre o plano de recuperação alternativo apoiado pelo Comitê Diretivo e pela empresa de Sawiris, a Orascom TMT Investments S.à.rl, que entraria como parceiro estratégico. Segundo o comitê, apesar de decorridos mais de nove meses desde que a Oi requereu sua recuperação judicial e três meses desde a apresentação do plano alternativo, a companhia continua evitando discussões substantivas sobre os aspectos-chave para qualquer reestruturação financeira e operacional bem-sucedida.

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