Os investimentos (Capex) de 172 empresas de capital aberto brasileiras em setembro caíram para o menor nível desde dezembro de 2010, apontou estudo da Economática, que comparou o dinheiro que as empresas estão colocando em novos projetos com a depreciação de seus ativos. A mediana no indicador no mês de setembro de 2015 é a menor já registrada, equivalente a 132,6% da depreciação (ou seja, as empresas investiram 32,6% a mais do que o necessário para repor a depreciação de seus equipamentos e ativos). Na comparação com as empresas mexicanas, que investiram mais, o Brasil perde.
Os números confirmam os dados do IBGE sobre a formação bruta de capital no Brasil, ou seja, o investimento das empresas em ampliação ou novos projetos, que vem caindo há nove trimestres consecutivos. Essa queda no investimento reflete a falta de perspectiva dos empresários com o futuro da economia brasileira e é um dos fatoras para a queda da atividade neste ano, além de ter reflexos na atividade dos próximos anos também.
O maior valor da amostra aconteceu no quarto trimestre de 2011, auge do otimismo com o país, quando o indicador foi de 236,9%.
A partir do quarto trimestre de 2011, a mediana do Capex/Depreciação das 172 empresas iniciou uma tendência de alta constante até o terceiro trimestre de 2015.
Na comparação com a mediana de empresas mexicanas, por exemplo, as empresas brasileiras fizeram mais investimentos até o terceiro trimestre de 2015, quando a relação mudou. A partir de então, a mediana de 83 empresas mexicanas registram um valor superior ao das brasileiras.
Melhores resultados
A Petrobras é a empresa com maior Capex (taxa de investimento) entre as empresas de capital aberto brasileiras com R$ 67 bilhões. Em seguida vem a Vale, com R$ 25,0 bilhões.