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Indústria paulista demite 9,5 mil em junho, mas fecha semestre com 10 mil novas vagas

A indústria paulista fechou o mês de junho com demissão de 9,5 mil trabalhadores, queda de 0,44% na comparação com o mês anterior. Na série com ajuste, o recuo chegou a 0,18%. Já no 1º semestre, o resultado foi positivo em 10 mil novas vagas de trabalho, o melhor resultado desde 2013.

Na comparação nos primeiros semestres dos últimos três anos, as demissões somaram 1 mil, 62,5 mil e 57,5 mil, respectivamente. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), divulgada nesta sexta-feira (14/7).

De acordo com a Fiesp, até dezembro de 2016, foram 21 meses seguidos de emprego negativo. “Neste 1º semestre tivemos três meses positivos e três negativos”, diz a Fiesp em nota. “Estamos em fase de transição. Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no 2º semestre.” A regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do país dando mais ânimo para as contratações, avalia a federação.

Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de junho, apenas o de couro e calçados ficou positivo, com geração de 233 vagas. Seguindo, 17 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis.

Do lado negativo, o destaque ficou por conta de produtos alimentícios, fechamento de 2,3 mil vagas; impressão e reprodução de gravações (-1.332); bebidas (-1.302) e móveis (-1.118).

A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP. Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,44%), também no interior paulista (-0,40%) e na Grande São Paulo (-0,52%).

Alta em Jaú, São Caetano e Limeira

Entre as 36 diretorias regionais, houve variação entre os resultados. Entre as 17 que apontaram altas, destaque por conta de Jaú (1,13%), influenciada pelo setor de produtos de metal (18,18%), produtos alimentícios (1,16%); São Caetano do Sul (0,59%), por móveis (3,19%) e produtos alimentícios (1,74%) e Limeira (0,48%), por veículos automotores e autopeças (1,64%) e produtos alimentícios (2,34%).

Queda em Botucatu, Santos e Matão

Já dos 27 negativos, destaque para Botucatu (-4,34%), por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%); Santos (-1,65%), influenciado por produtos de metal (-9,31%) e produtos minerais não metálicos (-1,90%) e Matão (-1,49%), por máquinas e equipamentos (-2,18%) e produtos alimentícios (-0,94%).

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