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Empresas em bolsa devem cortar R$ 22,7 bi em investimentos em 2 anos, estima BTG

As empresas com ações listadas em bolsa devem reduzir seus investimentos este ano em 8% e mais 8% no ano que vem, estimam os analistas do BTG Pactual Carlos Sequeira, Fabio Levy e Bernardo Teixeira. Esses percentuais equivalem a um corte de R$ 22,7 bilhões, R$ 11, 585 bilhões este ano e de R$ 11,144 bilhões no ano que vem.

Com isso, o total investido por essas empresas cairia de R$ 143,917 bilhões em 2014 para R$ 132,332 bilhões em 2015 e R$ 121,188 bilhões em 2016. A queda é um sinal de desconfiança ou pessimismo das empresas com relação ao futuro dos negócios, o que as faz reduzir os investimentos em ampliação da capacidade ou novos negócios.

Em relatório enviado aos clientes, os analistas atribuem a redução de 16% em dois anos ao ambiente macroeconômico desafiador. No ano passado, as empresas teriam mantido estável o volume e investimentos. Mesmo retirando Petróleo e Mineração do estudo, a tendência é que os investimentos caiam em um nível parecido.

Os maiores cortes de investimentos  devem ocorrer nos setores de construção civil, varejo, alimentos e bebidas, estima o BTG. Em Petróleo e Mineração, a redução deve ficar entre 10% e 12% em 2015. Já construção civil pode ter uma queda de 34%. No varejo, a queda seria de 11%, mas amenizada pelo aumento dos investimentos de Lojas Americanas e B2W. Sem elas, o setor teria um corte de 23%. Já alimentos e bebidas devem podar os investimentos em 17%.

Nem tudo é ruim, observam os analistas do BTG. O setor de infraestrutura deve ampliar seus investimentos em 36% em 2015, puxados por ALL, CCr e WEG. Já Educação também aumentará seus investimentos em 18% em 2015. Outros setores como telecom, serviços financeiros, bens de capital e siderurgia devem manter estáveis os investimentos neste ano.

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