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Confira os lucros do Banrisul, Cemig, B3, Cesp, SLC e Azul

Lucro do Banrisul cai 6,85% e retorno recua para 11,7%

O Banrisul divulgou hoje lucro líquido de R$ 187,7 milhões no segundo trimestre, queda de 6,85% sobre o mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 11,7%, abaixo dos 13,2% do segundo trimestre de 2016. Para a Coinvalores, o banco reportou números em linha com o apresentado há três meses e conseguiu aumentar sua margem financeira e diminuir suas despesas com provisões para devedores duvidosos, mas esses fatores foram compensados pela elevação nas suas despesas administrativas, o que fez com que o lucro líquido recorrente ficasse praticamente estável, com pequena evolução de 0,4% em três meses. Com números próximos ao do primeiro trimestre, a corretora não espera uma reação forte do mercado a eles.

Cemig tem lucro de R$ 138 milhões, 31,7% menos

A Cemig obteve lucro líquido de R$ 138,114 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 31,67% quando comparado ao mesmo período de 2016. De abril a junho deste ano, a receita líquida da estatal elétrica ficou em R$ 5,205 bilhões, crescimento de 9,40% em base anual. O ebitda somou R$ 739,642 milhões, aumento de 8,75% ante o reportado um ano atrás. Para a Coinvalores, a empresa ainda apresenta situação financeira preocupante. Em termos operacionais, a Cemig reportou uma melhora nos números deste trimestre, com crescimento anual de quase 9% na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). O volume de energia vendida a consumidores finais ficou praticamente estável, mas o maior preço médio de venda no mercado de curto prazo favoreceu o faturamento do período. Já a reversão e redução no nível de provisões, compensou, parcialmente, o aumento nos dispêndio com compra de energia e pessoal. Dessa forma, a margem Ebitda (relação entre o indicador e a receita líquida) ficou praticamente estagnada frente ao segundo trimestre do ano passado, em 14,2%. Em termos financeiros houve pouca evolução, alerta a corretora. Além da dívida ainda bastante elevada, o cronograma de amortização suscita cautela, pois cerca de 30%, ou R$ 4,1 bilhões, vence ainda neste ano e quase 25% vence em 2018. Já o UBS destaca a situação financeira complicada da empresa e espera mais vendas de ativos. O banco suíço tem recomendação de manter para o papel e preço justo de R$ 9,50.

B3 tem bom desempenho financeiro

Os maiores volumes negociados nos mercados de ações, derivativos e no balcão, além da recuperação no financiamento de veículos trouxeram bons números para este segundo trimestre para a bolsa B3. Em relação ao mesmo período de 2016, a receita líquida cresceu 8,8%, enquanto que o Ebitda ajustado se elevou em 12,8% e a margem Ebitda expandiu-se em 2,5 pontos percentuais, destaca a Coinvalores. Em razão da menor posição de caixa, o lucro líquido recorrente caiu 25% em comparação com um ano antes. A B3 aprovou ainda a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 81,6 milhões, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,04 por ação, aproximadamente, para quem tiver as ações no próximo dia 21. O pagamento será feito em  8 de setembro.

Lucro da Cesp cai 44%

Lucro da Cesp soma R$ 56,8 milhões no 2º trimestre, queda de 44%. O resultado financeiro da estatal foi negativo em R$ 19,724 milhões, ante o valor positivo de R$ 74,331 milhões no mesmo período do ano passado.

SLC Agrícola reverte prejuízo

A SLC Agrícola anunciou um lucro de R$ 78,2 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 74,5 milhões no mesmo período do ano passado. O ganhou veio do reconhecimento dos resultados positivos de R$ 129,9 milhões em ativos biológicos, na expectativa de melhores preços do algodão, bem como de ganhos com hedge cambial. A produtividade bateu recorde e ajudou na melhora da geraçaõ de caixa medida pelo Ebitda, para R$ 73,8 milhões, aumento de 339% sobre o ano anterior. Para o BB Investimentos, o resultado foi positivo, com lucro e Ebitda recorde, desempenho que deve ser estendido pelo segundo semestre deste ano diante das perspectivas para o preço do algodão. O banco reduziu a recomendação para a ação da empresa para manter, diante da forte alta registrada nos últimos meses. O preço justo é de R$ 22,50.

Azul tem lucro operacional de R$ 104,9 milhões

A companhia aérea Azul fechou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de R$ 33,9 milhões, o que representa uma melhora de R$ 86,2 milhões comparado com mesmo período do ano passado. A empresa registrou lucro operacional de R$ 104,9 milhões, com margem de 6,1%, comparado com R$ 1,3 milhões no segundo trimestre do ano passado, o que representa uma alta de 0,1%. Este foi o melhor desempenho operacional num segundo trimestre para a companhia, informou a Azul em comunicado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e arrendamento de aviões (Ebitdar) aumentou em 41%, para R$476,1 milhões, representando uma margem de 27,6%. Os passageiros transportados (RPKs) aumentaram em 21% frente a um aumento de 18% na capacidade, resultando em uma taxa de ocupação de 80,9%, aumento de 1,9 pontos percentuais comparado com o ano passado.

Adicionalmente ao crescimento de dois dígitos na capacidade, a receita total por assento (ASK ou RASK) e a receita de passageiros por ASK (PRASK) aumentaram em 1,2% e 1,7% respectivamente na comparação anual, totalizando 28,93 centavos e 24,92 centavos, respectivamente. As despesas operacionais por ASK excluindo combustíveis (CASK ex-fuel) diminuíram em 8,1% enquanto que o CASK diminuiu em 4,9%, apesar do aumento de 11,2% no preço de combustível por litro.

Para a Coinvalores, o resultado foi sólido, apesar do prejuízo. A cia aérea viu seu resultado operacional melhorar na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, com forte expansão da receita e custos sob controle. Isso levou a elevação de margens. Ainda assim, a companhia viu seu lucro fechar negativo, por conta das despesas financeiras, nesse trimestre infladas pelo efeito dos contratos de hedge de combustíveis.

 

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