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Ações da Suzano devem subir com anúncio de adesão ao Novo Mercado

As ações da Suzano devem disparar na sessão desta terça-feira (1) como reação ao anúncio da empresa de aderir ao Novo Mercado feito na noite de ontem. Com o processo, as duas classes de ações preferenciais, sem voto, PNA e PNB (SUZB5 e SUZB6, respectivamente) serão unificadas em apenas uma, ordinária e com direito a voto (SUZB3). A proporção será de 1 por 1. As informações são de Gustavo Kahil, do site MoneyTimes.

“Esperamos uma forte reação positiva das ações da SUZB5 após o anúncio. É um importante marco histórico para o mercado de capitais do Brasil e especialmente para a Suzano”, explicam os analistas do Credit Suisse, Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha. O preço-alvo de R$ 18 e a recomendação “outperform”, o mesmo que compra, foram reiterados.

A corretora Coinvalores observa que hoje há uma “gap” de 22% entre as PNA e PNB da companhia, que fecharam o pregão de ontem a R$ 14,02 e R$ 17,18, respectivamente. Porém, a liquidez da PNB é quase nula.

A Suzano avalia que, além dos ganhos de liquidez às ações, a migração possibilitará a concessão do direito de voto pleno em assembleias gerais e do direito dos acionistas não-controladores de venda conjunta de suas ações pelo mesmo preço pago aos acionistas controladores, em caso de alienação de controle a terceiros (tag along integral).

“A notícia apoia nossa visão de que o desconto atual de ações SUZB5 para os pares é injusto. Acreditamos que o anúncio deve ser um gatilho inicial para reduzir esse desconto, especialmente porque os acionistas controladores não solicitaram um prêmio de controle, diferente das transações recentes no setor (Valepar 10% e Klabin 15%)”, ressaltam os analistas do Credit Suisse.

O BTG Pactual vê a notícia como muito positiva e reiterou a recomendação de compra e a posição de “top pick” da empresa.

“Nós calculamos que o potencial de reavaliação teórica para ação seria superior a 20% ao longo do tempo. Este cenário conduziria confortavelmente a ação para nosso preço-alvo de R$ 18. Também ficamos satisfeitos por ver que o grupo de controle não reivindicou um prêmio (de controle) na proposta – o que consideramos amigável ao minoritário”, destacam Leonardo Correa e Gerard Roure.

O grupo de controle, da família Feffer, ainda possui 56% do capital total.

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