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Termina hoje o prazo para compra de CRA da Camil; papéis isentos têm prazo de 3 ou 4 anos

Termina nesta terça-feira o prazo para os investidores reservarem os certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) da Camil Alimentos. O papel conta com isenção de imposto de renda sobre os rendimentos para pessoas físicas e tem duas séries, uma de três e outra de quatro anos, com rendimentos de 101% e de 102% do CDI, respectivamente. Os juros são pagos semestralmente. Mas apenas investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão em investimentos, podem comprar o papel.

A emissão será de R$ 300 milhões, coordenada pelo Banco do Brasil. O rating pela agência Standard & Poor’s é AA-.

A Camil é líder no mercado de arroz no Brasil, no Uruguai, com a marca Saman, no Chile, com a Tucapel e no Peru, com a Costeno. Também é líder no mercado de açúcar com a marca União, tem o segundo lugar em pescados com a marca Coqueiro e uma receita líquida de R$ 4,9 bilhões de reais. Entre seus sócios, com 31,75% do capital, está o fundo Warburg Pincus.

Essas informações são importantes porque os CRA não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como acontece com os CDBs, as LCI e LCA. O risco é a empresa não pagar, por isso é importante conhecer sua solidez financeira e qualidade de gestão, já que os prazos da operação também são longos.

Para Fernando Meibak, da consultoria Sunrise Investimentos, o papel é interessante por ser isento de imposto de renda e com boa remuneração. Ele sugere o papel mais longo, de quatro anos, e uma taxa de remuneração de 98% do CDI. Caso a taxa saia acima disso, leva a taxa mais alta. Já se sair abaixo, não leva o papel.

A liquidação financeira da operação será em 18 de julho.

 

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