O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou, no segundo decêndio de setembro, alta de 0,41%, acelerando em relação ao mesmo período de coleta do mês anterior, que teve variação foi de 0,03%. O número, porém, ficou em linha com a mediana das projeções do mercado. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O segundo decêndio, ou prévia, do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. Com esse resultado, o IGP-M acumula -2,56% no ano e -1,51% em 12 meses. O IGP-M é usado nos contratos financeiros de longo prazo e nos de aluguel.
IPA sobe 0,63% com combustíveis
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, com peso de 60% no IGP-M) apresentou variação de 0,63%, na segunda prévia. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de -0,14%. No ano, o IPA acumula queda de 4,63% e, em 12 meses, de 3,98%.
A taxa de variação dos Bens Finais passou de -0,91% para -0,11%. A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,42% para 5,59%.
A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,23%, em agosto, para 0,35%, em setembro. O destaque coube ao subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,52% para 3,82%.
Boi puxa matérias-primas
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de 1,91%. No mês anterior, a taxa foi de 0,98%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: bovinos (-0,91% para 7,62%), milho (em grão) (-3,20% para 4,70%) e mandioca (aipim) (-5,00% para 2,17%). Em sentido oposto, destacam-se: leite in natura (-2,31% para -7,35%), café (em grão) (3,22% para -2,96%) e aves (3,51% para 0,61%).
IPC cai 0,10% com gasolina mais barata
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC, que representa 30% do índice geral) registrou variação de -0,10%, no segundo decêndio de setembro, ante 0,36%, no mesmo período do mês anterior. A alta no ano do índice é de 2,25% e, em 12 meses, de 2,90%.
Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (1,70% para 0,42%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item gasolina, cuja taxa passou de 8,52% para 1,83%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,56% para -0,25%), Alimentação (-0,40% para -0,84%), Comunicação (0,30% para -0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,31%) e Despesas Diversas (0,10% para -0,03%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (2,67% para -1,17%), hortaliças e legumes(-1,89% para -11,70%), tarifa de telefone móvel (0,41% para -0,16%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,27% para -0,25%) e alimentos para animais domésticos (1,21% para -1,13%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,12% para 0,74%) e Vestuário (-0,17% para 0,31%).Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: passagem aérea (-4,27% para 21,20%) e roupas (-0,31% para 0,31%), respectivamente.
Construção sobe 0,22%
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC, com peso de 10% no índice) apresentou, no segundo decêndio de setembro, variação de 0,22%. No mês anterior, este índice variou 0,31%. com esse resultado, o INCC acumula alta de 3,47% no ano e de 4,21% em 12 meses.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,41%, acima do resultado de agosto, de 0,08%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,07%. No mês anterior, este índice variou 0,50%.