Arena Renda Fixa, Poupança

Poupança perde R$ 1,3 bi em novembro e saída no ano atinge R$ 58 bilhões, 9% do total

Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 1,303 bilhão, em novembro. Esse foi o 11º mês seguido de retirada líquida de recursos e o pior resultado para meses de novembro, na série histórica do Banco Central (BC), iniciada em janeiro de 1995. Em novembro de 2014, houve mais depósitos do que retiradas, com captação líquida de R$ 2,534 bilhões. Nos 11 meses deste ano, a retirada líquida (descontados os depósitos) totaliza R$ 58,357 bilhões, o que equivale a 9% do saldo das contas, de R$ 647,6 bilhões. A saída de investidores da poupança afeta os financiamentos habitacionais, que usam recursos das cadernetas para emprestar pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

No mês passado, os clientes sacaram R$ 166,885 bilhões, o maior volume da série. Os depósitos chegaram a R$ 165,582 bilhões. De janeiro a novembro, os depósitos somaram R$ 1,708 trilhão e os saques, R$ 1,766 trilhão.

A poupança tem perdido atratividade devido à taxa básica de juros, a Selic, mais alta, o que torna outras aplicações mais atraentes. Outro fator é a inflação mais alta do que a remuneração da poupança. Além disso, há menos dinheiro para aplicar devido à alta dos preços, ao endividamento das famílias e ao aumento do desemprego.

Abaixo da inflação

A poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de taxa variável. No ano, o rendimento acumulado pela poupança é de 7,29%, perdendo para a inflação do IGP-M e para a rentabilidade dos fundos de renda fixa, que mesmo com imposto de renda está acima de 10% em 2015 na média do mercado. A taxa básica de juros, a Selic, está em 14,25% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 9,93% em 12 meses até outubro.

As informações são da Agência Brasil.

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