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Petrobras define que preço do gás pode mudar todo mês; botijão deve subir 2,2% em junho

A Petrobras anunciou hoje uma nova política de preços para a venda às distribuidoras do gás liquefeito de petróleo em botijões de até 13 quilos e de uso residencial, o chamado GLP-P13. O preço será reajustado todo mês, no dia 5, usando como referência as cotações internacionais. Neste mês, o aumento ocorrerá excepcionalmente amanhã, dia 8, e será de 6,7% na refinaria, o que deve se refletir em um reajuste de 2,2% no botijão para o consumidor, ou R$ 1,25, estima a empresa, dependendo de impostos e de cada distribuidora em cada região.  O último reajuste no preço do gás de cozinha aplicado pela Petrobras ocorreu em 21 de março.

Referência internacional

O novo modelo foi definido com base na resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.

Assim, a política de preços do GLP-P13 não terá como referência a paridade de preços internacionais e está em linha com os parâmetros do Planejamento Estratégico 2017/2021, diz a estatal.

O preço final às distribuidoras, diz a Petrobras, será formado pela média mensal das cotações dos gases butano e  propano no mercado europeu (“Butane NWE CIF ARA”e “Propane NWE CIF ARA”), convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar divulgadas pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%.

Correção todo dia 5

As correções de preços terão vigência a partir do dia 5 de cada mês. A exceção será neste mês de junho, quando o ajuste de preços passará a ser adotado nas vendas às distribuidoras realizadas a partir do dia 8, explicou a empresa.

Aumento de 6,7% na refinaria

A aplicação da nova fórmula de preços para o GLP-P13 implicará um aumento médio nas refinarias de 6,7% no produto este mês. A estatal lembra que o preço final ao consumidor pode ou não refletir o ajuste feito nas refinarias. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e revendedores, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados”, diz a empresa.

Alta de 2,2% no botijão

Na composição de preços ao consumidor, a Petrobras responde por cerca de 25% do valor fina. Outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e revenda (55%).  O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços da Petrobras sem incidência de tributos, diz a empresa. “Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o botijão de GLP-P13 pode subir, em média,  2,2% ou R$ 1,25 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”.

A política anunciada hoje não se aplica ao GLP destinado a uso industrial ou comercial, diz a empresa.

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