O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) vai se reunir hoje pela quarta vez, em caráter de emergência, em menos de 20 dias. O encontro dos 15 países membros foi convocado por Estados Unidos e Japão, após o lançamento, na última sexta-feira, de novo míssil no mar do Pacífico japonês, pela Coreia do Norte, comandada por Kim Jong un (foto).
A reunião, a portas fechadas, segundo a secretaria do conselho, ocorre também no contexto da Assembleia Geral das Nações Unidas, que na próxima terça-feira (19) reúne líderes dos países membros para o tradicional debate geral.
Na quarta-feira (13), o governo norte-coreano prometeu atacar o Japão e a Coreia do Sul, ambos aliados dos Estados Unidos, em reação a sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança na última segunda-feira (11).
O presidente Donald Trump ainda não falou o último lançamento de míssil, mas o país tem defendido sanções mais severas e confronto militar caso a Coreia do Norte ataque territórios norte-americanos ou de países aliados.
Em resposta ao lançamento do míssil, a vizinha e inimiga Coreia do Sul repetiu testes com mísseis no mar. Sanções severas vem sendo defendidas pelos três países, Estados Unidos, Japão e Coreia do Norte. A Alemanha manifestou que a resposta deve ser dura, para que a Coreia do Norte desista de seu programa de armamento nuclear.
A Rússia afirmou que as provocações da Coreia do Norte devem ser levadas a sério, mas, em alguns momentos, têm adotado tom mais duro e alinhado ao dos Estados Unidos. Outros países têm defendido a saída diplomática e negociada, que é a posição da China desde o início da escalada de tensões.
Míssil sobrevoou o Norte do Japão
O Comando do Pacífico dos Estados Unidos (Pacom) confirmou que a Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (no horário de Pyongyang, quinta-feira, 15, no horário de Brasília) um míssil de alcance intermediário que sobrevoou o norte do Japão, mas que não representou uma ameaça para o território norte-americano. As informações são da agência de informações EFE.
“A avaliação inicial aponta para o lançamento de um míssil balístico de alcance intermediário”, disse o diretor de operações do Pacom, comandante Dave Benham, em comunicado. “O míssil balístico sobrevoou o norte do território do Japão antes de cair no Oceano Pacífico”, completou Benham, explicando que o lançamento ocorreu perto de Pyongyang, capital da Coreia do Norte.
O míssil não representou ameaça para os EUA nem para a ilha de Guam, um território americano no Pacífico, disse o comandante. O Pacom ainda trabalha em uma “avaliação mais detalhada” sobre o último desafio norte-coreano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado do lançamento norte-coreano pelo chefe do gabinete, John Kelly, informou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Antes do teste, Trump confirmou, a bordo do Air Force One, que viajará em novembro para China, Coreia do Sul e Japão. O presidente republicano não quis falar sobre sua estratégia para lidar com a Coreia do Norte, mas garantiu que os americanos ficarão seguros apesar das ameaças do regime de Kim Jong-un.
Este foi o primeiro lançamento de um míssil pela Coreia do Norte desde o final de agosto – quando outro projétil também sobrevoou o norte do Japão – e o primeiro teste armamentístico desde que o regime de Kim Jong-un executou seu sexto e até agora mais forte teste nuclear, no último dia 3.
As informações são da Agência Brasil, com agências internacionais.