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Começa reunião do Copom e aumentam apostas em corte de 1 ponto na Selic, para 9,25%

Começa hoje a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve reduzir novamente a taxa básica de juros Selic, hoje em 10,25%. O resultado será anunciado amanhã à tarde. O mercado se divide entre um corte de 1 ponto percentual, para 9,25%, igual ao da última reunião, ou uma redução menor, de 0,75 ponto, sugerida pelo Banco Central (BC) após o agravamento da crise política e das incertezas com as reformas. Cresceu nas últimas semanas a aposta em um corte maior, de 1 ponto, pela queda da inflação.

Na semana passada, em encontro realizado em São Paulo, o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revisou para baixo as projeções da meta da taxa Selic até o fim de 2017.

Para a reunião do Copom que será encerrada amanhã, a mediana dos 25 participantes para a taxa de juros passou de 9,50% (resultado apurado no encontro do grupo em maio) para 9,25%. A projeção indica queda de um ponto percentual em relação à taxa atual, de 10,25%. Para as próximas reuniões, está previsto ritmo de corte menor: 0,75 ponto percentual em setembro e 0,5 ponto percentual em outubro, com os juros mantendo-se estáveis em 8,0% até o fim de 2017. Em maio, a estimativa do Comitê para a Selic de dezembro era de 8,5%.

Na avaliação do Comitê da Anbima, a recente trajetória da inflação, mais baixa do que prevista pelo mercado, permite que o Banco Central possa aumentar o ritmo de queda dos juros, sobretudo em um contexto de forte ociosidade na economia. Para o fim de 2018, a projeção para a Selic também é de 8,0%.

O Comitê é composto por 25 economistas de instituições associadas que se reúnem a cada 45 dias e analisam a conjuntura econômica e os cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Também o Bradesco espera que, em meio ao declínio da inflação observado nos últimos meses, o Banco Central opte por um corte de 1,0 ponto da taxa, levando-a para 9,25%. Reforçando essa tendência desinflacionária, o IGP-M de julho, que será conhecido na sexta-feira, deve apresentar nova deflação, de 0,58%, ainda refletindo a queda dos produtos agropecuários.

 

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