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Fibria tem prejuízo de R$ 259 milhões no 2º tri; BB eleva preço justo e recomenda compra

A fabricante de papel e celulose Fibria divulgou um prejuízo de R$ 259 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de R$ 745 milhões no mesmo período do ano passado e de R$ 329 milhões no primeiro trimestre deste ano. Apesar da perda, os resultados foram vistos como positivos pelo BB Investimentos. Para o banco, os preços altos da celulose, maior demanda especialmente da Europa e América do Norte e a alta do dólar em relação ao real beneficiaram a empresa.

Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda), indicador de geração de caixa, ficou em R$ 1,071 bilhão, 66% acima do primeiro trimestre deste ano e 16% sobre o mesmo trimestre de 2016. O prejuízo foi causado, segundo o BB, pelo impacto financeiro negativo em R$ 451 milhões. O banco, porém, se diz otimista com a empresa, acreditando que a demanda seguirá aquecida até o fim deste ano, não só pela China, mas também pelos Estados Unidos e a Europa. O banco elevou o preço justo de Fibria de R$ 35 para R$ 40 e mudou a recomendação de manter para comprar.

Coinvalores recomenda manter ação

Ja a corretora Coinvalores recomenda manter a ação. Segundo a corretora, a Fibria divulgou um resultado em linha com as projeções do mercado, com números bem sólidos, na esteira da recuperação de preços da commodity no mercado internacional, após um 2016 de preços cadentes.

O resultado da companhia nesse trimestre também foi favorecido pela ausência de paradas programadas, o que reduziu o custo de produção e elevou o volume produzido na comparação com o trimestre imediatamente anterior, e pela valorização do dólar no período (apesar do efeito negativo no resultado financeiro).

O efeito de maior volume, com preços elevados e custo cadente resultou na forte evolução no Ebitda, especialmente contra o número apresentado no primeiro trimestre. Mesmo sem as paradas programadas, o custo caixa da companhia apresentaria retração de 3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O câmbio, apesar de ser um fator positivo para a receita, também foi o responsável pelo prejuízo, já que o efeito da variação cambial no endividamento foi negativo em R$ 495 milhões, explica a Coinvalores. Esse efeito é agravado pelo aumento de sua alavancagem por conta dos investimentos no projeto Horizonte 2.

Para a corretora, a Fibria deve continuar a apresentar um resultado forte no decorrer de 2017,. “Porém, ficamos um pouco reticentes quando olhamos para o médio/longo prazo, particularmente com a sustentabilidade dos preços de celulose no mercado internacional tendo em vista a entrada em operação de algumas plantas bem relevantes, como a própria Horizonte 2 da Fibria e o projeto OKI da APP”, diz a Coinvalores. Por isso, a recomendação é de manutenção para os papéis.

 

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