Arena Previdência, Planejamento Financeiro

Dólar cai para R$ 3,21 e Ibovespa sobe 1,6%, para 64.835 pontos; juros recuam

O mercado brasileiro, que já vinha melhorando por conta do exterior, ficou mais animado após o anúncio da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro. Mais que os 9 anos e meio de prisão, os investidores gostaram da decisão que torna o ex-presidente inelegível por 19 anos, o que inviabilizaria sua candidatura para a eleição presidencial de 2018. O motivo são as posições de Lula contra o ajuste fiscal e as reformas trabalhista e da Previdência, defendidas também por seu partido, o PT, e que preocupam os investidores. O receio é que as políticas que levaram o país a registrar a pior recessão em 100 anos voltem a ser adotadas junto com uma agenda populista.

No exterior, o clima também melhorou após a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, deu declarações mais brandas com relação à novas altas dos juros, dando a entender que a inflação nos EUA não está evoluindo o suficiente para um aperto monetário mais firme, o que pode manter o lado real da economia aquecido por mais tempo, observa o BB Investimentos.

Com isso, o dólar encerrou o dia em baixa de 1,41%, vendido por R$ 3,208 no mercado comercial. No turismo, a moeda caiu 1,47%, para R$ 3,35 para venda.

O Índice Bovespa subiu 1,57%, atingindo os 64.835 pontos, com R$ 10,150 bilhões negociados., puxado pelas estatais. Petrobras PN subiu 4,95%, Petrobras ON, 3,90% e Eletrobrás PNB, 3,79%, e ficaram entre as maiores altas do índice. BR Malls ON também foi destaque, com alta de 4,05%, e Bradesco ON, 4,38%. Itaú Unibanco também subiu 1,08% e Bradesco PN, 2,65%. Kroton ON ficou entre as mais negociadas do dia, com o quinto volume da bolsa, e subiu 0,94%.

Já as empresas exportadoras caíram sob o impacto da baixa do dólar. Embraer ON caiu 2,32%, Klabin Unit, 1,70%, Fibria ON, 2,05% e Suzano Papel PNA, 0,74%.

No mercado de juros futuros, os contratos para janeiro de 2018 fecharam projetando 8,72%, ante 8,77% ontem. Para 2019, a projeção caiu para 8,64%, ante 8,73% ontem. E, para 2021, a estimativa recuou para 9,77%, ante 9,96% ontem.

O risco-Brasil também caiu. O CDS brasileiro de 5 anos acompanhou o viés de menor risco percebido para o médio/longo prazo quanto ao país e cedeu a 2,29 pontos percentuais ante 2,36 do fechamento da terça-feira.  A queda, porém, ocorreu antes da notícia sobre Lula, observa o diretor de Operações da Mirae Corretora, Pablo Stipanicic Spyer.

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