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BC nega vazamento de decisão do Copom para a JBS e evita falar de suspeita no câmbio

O Banco Central (BC) disse, em nota hoje, que as decisões do Comitê de Polícia Monetária (Copom) são tomadas apenas durante as suas reuniões, o que impediria seu vazamento antes. A nota foi uma resposta a matérias publicadas na imprensa, segundo as quais o presidente Michel Temer teria adiantado em março o corte de um ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, ocorrida em abril, para o dono do grupo  JBS, o empresário Joesley Batista.

“As decisões do Copom são tomadas apenas durante as suas reuniões e são divulgadas imediatamente após seu término por meio de comunicado no sítio do Banco Central na internet. Portanto, não existe possibilidade de antecipação da decisão a qualquer agente, público ou privado. Sinalizações sobre possíveis futuras decisões são emitidas nos documentos oficiais do Banco Central”, diz a nota do BC.

No início da noite de ontem, o site do jornal O Globo publicou reportagem segundo a qual, em encontro gravado em áudio, Temer teria sugerido que se mantivesse o pagamento de uma mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que esses ficassem em silêncio. Conforme a reportagem, Batista firmou delação premiada com o MPF e entregou gravações sobre as denúncias.

Atuação no mercado de câmbio

O BC também respondeu em nota sobre notícia veiculada na imprensa, que a JBS teria comprado grande volume de dólares antes divulgação da reportagem. “O Banco Central não comenta casos específicos que podem envolver entes regulados. Cabe ressaltar que, no âmbito de suas competências legais, o Banco Central apura informações recebidas de várias fontes, com vistas a eventual abertura de processo punitivo”, diz a nota.

As informações são da Agência Brasil.

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