Arena Especial, Gestão de Patrimônio

Uqbar analisa securitzação de ativos como saída para dívida de Estados e municípios

O quadro fiscal atual de governo federal, Estados e municípios no Brasil revela uma forte e urgente demanda por liquidez de recursos, ao mesmo tempo em que aponta para uma falta de qualquer espaço para o aumento do endividamento. Assim, nunca se mostrou tão relevante para eles a possibilidade de antecipação de recursos via securitização de ativos. Ganhos de eficiência na gestão de balanço podem contribuir para o equacionamento de despesas e investimentos públicos que representam necessidades básicas de administrações.
A análise e a discussão de operações realizadas ou ainda em execução, que mostram o papel efetivo da securitização como alternativa de financiamento em um cenário de baixa liquidez e estresse creditício pelo qual passam captadores de recursos pertencentes ao setor público, é o tema do workshop organizado pela consultoria Uqbar no próximo dia 22 de junho, em São Paulo.
O workshop Financiamento Estruturado de Entes Públicos – Estudos de Caso vai mostrar que existem diferentes alternativas de captação de recursos via securitização a serem exploradas pelos entes públicos, dependendo dos ativos financeiros em seus respectivos balanços ou da capacidade de geração futura de ativos financeiros, pelos próprios entes ou por suas empresas. Além disso, há várias opções de veículos utilizados em operações de securitização.
Dívida ativa, créditos imobiliários, receitas operacionais de empresas estatais concessionárias de serviço público, entre outros, são matéria-prima de operações de securitização já foram realizadas, por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPE), emissoras de debêntures, ou de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), emissores de cotas.
A Uqbar vai apresentar e analisar três casos de destaque: i) uma operação de Securitização de Fluxo Futuro, sem compromisso financeiro por parte do cedente, por meio de um FIDC, que equacionou o problema de financiamento de uma concessionária de serviço público na área de transporte; ii) uma operação de Securitização de Dívida Ativa, via SPE e emissão de debêntures, pela maior companhia securitizadora de créditos de dívida ativa, que já conta com mais de R$ 1 bilhão captado no mercado; e iii) uma operação de Securitização de Recebíveis Imobiliários, por meio  de um FIDC, que busca a gestão mais eficiente de uma carteira de créditos imobiliários pertencente a um ente público.
O estudo de cada operação incluirá, entre outros, a análise do racional na utilização da tecnologia financeira da securitização, fundamentação jurídico-regulamentar, seus participantes, a carteira de ativos securitizados, seu fluxo de caixa, sua estrutura de passivo e seus reforços de crédito, sua rentabilidade, o perfil de seus investidores, e as incertezas relacionadas a estas variáveis que compõem o seu conjunto de riscos determinantes.
Adicionalmente, um paralelo é desenvolvido comparando as operações entre elas, seus riscos e os racionais que motivaram a escolha do veículo específico utilizado para cada securitização. Mais detalhes podem ser obtidos no site da Uqbar.
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