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Semana terá aumento de imposto, relatório de inflação, IGP-M, desemprego e IBC-Br

A semana terá como destaques locais o decreto de contingenciamento do governo, que deve incluir algum aumento de impostos para fechar as contas federais, indicadores de atividade, como o IBC-Br do Banco Central (BC), e dados da inflação. Há ainda dados de desemprego, contas públicas, inflação, atividade econômica e TJLP. No exterior, o destaque é a repercussão da derrota do presidente Donald Trump na Câmara na tentativa de cancelar o programa de saúde universal criado por seu antecessor, Barack Obama, chamado de Obamacare. Sai nesta semana também nova estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre dos EUA.

O principal evento deve ser o anúncio previsto para terça-feira de algum aumento de impostos para o governo federal fechar o rombo de R$ 58 bilhões que faltam para cumprir a meta de déficit de R$ 139 bilhões este ano. Entre os impostos podem estar o PIS, a Cofins e o IOF, que não têm de ser divididos com Estados e municípios e podem valer ainda este ano. Haverá ainda cortes em despesas do governo e podem ocorrer cancelamentos de reduções de impostos.

Na semana, serão divulgados também dados das contas públicas, com destaque para o resultado primário (que não considera o pagamento de juros da dívida) do Governo Central (BC, Previdência e Tesouro) de fevereiro.  Na sexta-feira, o BC divulga os dados do setor público consolidado.

Outro evento importante será o Relatório Trimestral de Inflação do BC na quinta-feira. O texto deve dar uma ideia mais clara do que a autoridade monetária pensa da trajetória benigna da inflação nos últimos meses e da melhora das projeções do mercado. O relatório pode reforçar a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) acelere o corte de juros de 0,75 ponto para 1 ponto ou até mais na reunião de abril.

Ainda sobre a inflação e juros, é preciso acompanhar as projeções do mercado no relatório Focus do BC, que sai na segunda, e o IGP-M de março, que sai na quinta-feira. A projeção do Banco Fator é de uma alta modesta, 0,04%, o que significaria 4,89% em 12 meses.

Também influenciando a trajetória dos juros, o BC divulgará na sexta-feira o IBC-Br de janeiro, que serve de indicador de atividade e prévia do PIB do IBGE. O número pode confirmar os sinais de retomada detectados no emprego pelo Caged e pelos indicadores de confiança. Falando em desemprego, na sexta-feira o IBGE divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) contínua de fevereiro com dados de emprego e desemprego. O Banco Fator estima uma taxa de desemprego subindo de 12,6% para 13%.

Nos EUA, diversos diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) falam de economia e juros.

Segunda-feira, 27 de março:

Na Alemanha, sai o Clima de Negócios de março. No Brasil, a FGV divulga a sondagem do Consumidor de março e o BC o Boletim Focus com as projeções do mercado. Nos EUA, saem dados da Manufatura. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, faz discurso.

Terça-feira, 28 de março:

A FGV divulga a sondagem da Construção e a confiança do setor de março. Sai também o Índice Nacional da Construção Civil do Mercado (INCC-M) de março. O IBGE divulga o Índice Preços ao Produtor (IPP) da Indústria de Transformação de fevereiro. O BC divulga a nota à imprensa de Mercado Aberto e o Tesouro o Relatório Mensal da Dívida Pública de fevereiro. No fim do dia, espera-se o anúncio do Decreto de Contingenciamento e um aumento dos juros. Nos EUA, saem os dados da balança comercial de fevereiro, os estoques no atacado e os preços de casas de janeiro do Índice S&P Case-Shiller. Sai também o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços e composto dos EUA de abril, a confiança do consumidor e a sondagem da manufatura do Fed de Richmond, todos de março.

Quarta-feira, 29 de março:

A FGV divulga a Sondagem da Indústria e a confiança do setor em março. O IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços de janeiro. O BC divulga a nota à imprensa de crédito. Nos EUA, saem os dados de vendas pendentes de casas em fevereiro e os estoques de petróleo bruto de março.

Quinta-feira, 30 de março:

Sai o Indicador de Confiança na Economia da Zona do Euro. Na Alemanha, sai a inflação no varejo (CPI) harmonizado de março. No Brasil, a FGV divulga o IGP-M de março, usado em contratos de locação e financeiros. O IBGE divulga a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e as vendas no varejo de janeiro. E o Tesouro anuncia o resultado primário do governo central de fevereiro. Nos EUA, sai o PIB anualizado do quarto trimestre. Na China, à noite, serão divulgados os PMI da indústria e de serviços. O Conselho Monetário Nacional (CMN) divulga a nova Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que corrige os empréstimos do BNDES.

Sexta-feira, 31 de março:

Sai a taxa de desemprego de março na Alemanha. No Reino Unido, será conhecido o PIB do quarto trimestre. Na zona do euro, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) de março. No Brasil, é dia de divulgação das sondagens de Serviços e do Comércio de março da FGV. O Banco Central divulga sua prévia do PIB, o IBC-Br de janeiro. O IBGE divulga o desemprego de fevereiro pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) contínua de fevereiro. O BC divulga o resultado primário do setor público de fevereiro. Nos EUA, saem dados de Renda Pessoal, Gastos Pessoais e o Deflator dos Gastos Pessoais de fevereiro, usado pelo Fed como referência de inflação. Ainda nos EUA, a Universidade de Michigan divulga a Confiança do Consumidor e o Indicador de Perfuração de Poços de petróleo de março.

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