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Preço dos aluguéis cai 1,65% em 12 meses em SP, diz Secovi; inquilino pode renegociar

No período de 12 meses encerrados em agosto, o valor dos aluguéis novos na cidade de São Paulo caiu em média 1,65%, percentual bem abaixo da inflação do período, medida pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas, cuja variação foi de 8,24%. Em julho, os aluguéis subiram 0,40%. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, elaborada mensalmente pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Os dados mostram que o mercado de locação continua favorável para os inquilinos, que podem pedir descontos na hora de alugar um imóvel ou renegociar os reajustes de contratos já em vigor, que costumam ser atualizados pelo IGP-M. Já os proprietários devem estar atentos para não perder inquilinos e ficar com o imóvel vazio ou ter de reduzir o valor depois para voltar a alugar. Abaixo, o gráfico mostra o comportamento dos aluguéis em 12 meses e a inflação.

Segundo o Secovi, todos os tipos de imóveis registraram queda em seus valores em 12 meses: as unidades de 3 dormitórios diminuíram 1,1%, seguidas pelos imóveis de 2 dormitórios, com decréscimo de 0,3%, e, por fim, as residências de 1 quarto ficaram em 0,1%.

Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, acredita que com a estabilização econômica do País o mercado deverá apresentar uma reação gradual neste ano. “Em razão da flexibilização das negociações, a situação permanece favorável ao inquilino que assina um novo contrato de locação.”

A Pesquisa de Locação Residencial  do Secovi-SP  acompanha o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).

Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 17,57 e R$ 18,32. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.581,30 e R$ 1.648,80. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 25,23 e R$ 32,88. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 3.784,50 e R$ 4.932,00.
Fiador lidera as garantias e locação pode demorar até 45 dias

O fiador foi o tipo garantia mais utilizada pelos inquilinos, respondendo por 46% dos contratos de locação firmados em julho. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade preferida: 37% escolheram essa garantia. O seguro-fiança respondeu por 17% dos contratos.

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 18 a 45 dias. As casas e os sobrados alugaram mais rapidamente: 18 a 43 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 23 a 49 dias.

 

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