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Acordos com redução de salários voltam a cair em setembro, aponta Salariômetro da Fipe

O total de acordos com redução de salário e jornada fechou o mês de setembro com um total de 16 casos em 188 analisados. Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 45,6% das negociações em setembro resultaram em ajustes salariais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 9,6%.

Segundo a Fipe, de janeiro de 2015 a setembro desde ano, foram feitos 570 acordos de redução salarial, sendo a maioria, 414, sem incentivos do governo e 156 com o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Trata-se do menor número desde janeiro do ano passado. Em julho, apenas 3 dos 16 acordos de redução de salário usaram o PPE.

O percentual mediano dos reajustes salariais negociados para setembro foi de 9,6%, valor igual à inflação acumulada nos 12 meses anteriores pelo INPC (9,6%).

Folha salarial cai 3% em 12 meses

O último dado dessazonalizado da folha salarial refere-se ao mês de julho e equivale a R$ 98,1 bilhões. O resultado é 0,2% menor do que o observada em junho (R$ 98,4 bilhões), e 3,0% menor que o valor de julho de 2015 (R$ 101,1 bilhões).

A categoria com maior redução salarial foi a de “empresas jornalísticas”, com redução de 3,3%. Já o estado que sofreu maiores reduções foi o Acre, com média de 5,6%. Nenhum estado do país registrou reajuste salarial positivo nos últimos 12 meses.

Piso salarial em queda

O valor mediano do piso salarial ficou em R$ 1.000 no mês de setembro, número 13,6% maior que o salário mínimo atual, que está em R$ 880. Nas convenções, o piso mediano ficou em R$ 1,000, enquanto nos acordos, ficou em R$ 1.004.

Entre as categorias analisadas pela Fipe, o segmento de extração me refino de petróleo aparece na liderança dos pisos salariais médios do país, com R$ 1.477. Na outra ponta, o setor de hospitais e serviços de saúde tem a menor média entre os setores pesquisados, com R$ 931. Entre os dez estados pesquisados pela Fipe, São Paulo aparece com o maior piso salarial, de R$ 1.176, enquanto o Rio Grande do Norte possui o menor piso, de R$ 914.

O Salariômetro é elaborado pela Fipe, que coleta e analisa os resultados de negociações coletivas, incluindo reajustes e pisos salariais, bem como a evolução da folha de salários das empresas brasileiras. O acompanhamento é feito pelos dados depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego.

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