Arena Especial, Banco Central

Mercado aposta em corte nos juros semana que vem, mas discute de quanto

A queda dos índices de inflação, a aprovação do teto de gastos do governo em primeiro turno na Câmara e o cenário mais calmo no exterior aumentam as chances de o Banco Central reduzir a taxa básica de juros em sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no dia 19, semana que vem. A questão é de quanto será o corte, 0,25 ou 0,50 ponto percentual.

Segundo a LCA Consultores, o ambiente externo continua a soprar ventos relativamente favoráveis aos emergentes, cujos ativos e moedas vêm apresentando alguma recuperação. Já no ambiente interno, a inflação, tanto corrente quanto projetada, apresenta sinais de descompressão mais consistente em um contexto de dólar mais fraco e atividade econômica enfraquecida.

Esse cenário, mais a aprovação da PEC 241 dos gastos, que reduz as incertezas sobre o ajuste fiscal, fez a consultoria trabalhar com uma redução de 0,25 ponto percentual na próxima semana nos juros e mais 0,5 ponto na reunião de 30 de novembro. O BB Investimentos, por sua vez, acredita que a aprovação da PEC 241 mostra coesão da base aliada e dão o subsídio que faltava ao BC para dar início ao ciclo de queda dos juros. O BB espera um corte de 0,25 ponto, apesar de notar que crescem as apostas no mercado de um corte maior, de 0,5 ponto percentual.

Hoje, os contratos futuros de juros fecharam com quedas no curto prazo e alta no longo. O contrato de DI para janeiro de 2017 fechou projetando 13,655% ao ano, 0,021 ponto abaixo de ontem. Para 2018, a taxa ficou estável em 12%, mas para 2021, a projeção subiu, de 11,22% para 11,29% ao ano.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou praticamente estável, com ligeira baixa de 0,06%, para R$ 3,201 para venda. Já o dólar turismo caiu 0,29%, para R$ 3,35.

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