Arena Especial, Notícias do dia

Ibovespa sobe 0,86% com Petrobras em alta de 5% e BM&FBovespa, de 3%

O Índice Bovespa encerrou o dia em alta, recuperando parte das perdas de ontem provocadas pela piora das expectativas com a economia dos Estados Unidos. O índice subiu 0,86%, para 63.521 pontos, com um volume negociado de R$ 9,162 bilhões, acima da média do ano, de R$ 8 bilhões.

Entre os destaques do dia estão as ações da Petrobras, que ontem anunciou seu resultado do quarto trimestre. Apesar do prejuízo no ano e da dívida elevada, os investidores gostaram da melhora da empresa. O papel preferencial (PN, sem voto) da estatal subiu 5,08% e o ordinário (ON, com voto), 3,28%. Vale PNA foi novamente o papel mais negociado e fechou com alta de 1,23%, enquanto o papel ON subia 1,24%.

Negociação de ações da bolsa e da Cetip disparam

Mas o que mais chamou a atenção hoje foram os papéis da BM&FBovespa e da Cetip. Hoje, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) julgou a fusão das duas bolsas, de renda variável e renda fixa, e aprovou o negócio com restrições. Elas terão de garantir a prestação de serviços para outras empresas que queiram entrar no mercado com preços justos definidos por arbitragem. Com isso, as ações ON da BM&FBovespa tiveram o terceiro maior volume do dia e subiram 3,10%. As ON da Cetip tiveram o quarto maior volume, com alta de 1,27%, desbancando Itaú Unibanco PN, que subiu 1,41%.

As maiores altas do dia foram de Pão de Açúcar PN, 5,31%, Petrobras PN, Gerdau Metalúrgia PN, 3,64%, Petrobras ON e Banco do Brasil ON, 3,38%, indicando uma recuperação dos principais papéis que caíram ontem. Já as maiores quedas no índice fortam de Heg ON, 2,38%, Cemig PN, 2,09% e Hypermarcas ON, 2,06%. Klabin unit saiu 1,97% e Kroton ON, 1,82%.

Europa em baixa

No exterior, as bolsas na Europa fecharam em queda, com o índice Euro Stoxx 50 perdendo 0,26%. O Financial Times, de Londres, recuou 0,73%, o DAX, de Frankfurt, 0,48% e o CAC, de Paris, 0,15%. O atentado em Londres, que deixou três mortos, voltou a preocupar os investidores com relação à ação dos chamados lobos solitários, terroristas que agem individualmente usando recursos diversos, como carros ou caminhões ou armas brancas, para atacar nos grandes centros. Apesar dos esforços, não há como as forças de segurança dos países controlarem esses ataques, muitas vezes promovidos por pessoas recém-convertidas ao terrorismo por grupos extremistas pela internet.

Petróleo cai abaixo de US$ 50 durante o pregão

O petróleo em queda também ajudou a derrubar as bolsas europeias. O barril do Brent, negociado em Londres e referência mundial, caiu abaixo dos US$ 50 durante o dia pela primeira vez este ano, depois que os EUA anunciaram um recorde de estoques do petróleo. O barril para maio caiu US$ 1,25, para US$ 49,71 durante o pregão, para fechar em US$ 50,68, ou queda de 0,55%. Enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem reunião apenas em maio, ministros e representantes de fora do grupo se reúnem no Kuwait neste fim de semana para avaliar os cortes de produção adotados desde o começo deste ano.

Nos EUA, as bolsas fecharam sem direção única. O Dow Jones caiu 0,03%, enquanto o Standard & Poor’s 500 subiu 0,19% e o Nasdaq, 0,48%. O mercado segue acompanhando o esforço do presidente Donald Trump em revogar no Congresso a lei de saúde pública de seu antecessor, Barack Obama, para obter recursos para cortar impostos e investir em infraestrutura. Com as dificuldades de Trump em seu próprio partido, o Republicano, os investidores ontem promoveram uma forte onda de vendas de ações, temendo que o presidente não consiga levar adiante seu plano de estímulo para as empresas.

Dólar e juros sobem

No Brasil, o dólar comercial voltou a subir hoje, 0,22%, para R$ 3,098 para venda. Já o dólar turismo caiu 0,3%, para R$ 3,24 para venda.

No mercado futuro, os juros subiram, apesar de o IPCA-15, prévia da inflação oficial, ter mostrado nova desaceleração em março. As incertezas com relação à aprovação da reforma da Previdência e a necessidade de elevar impostos aumentam a preocupação dos investidores com o ajuste fiscal, necessário para a queda dos juros no longo prazo.

Os contratos de juros futuros DI para janeiro de 2018 fecharam projetando 9,955% ontem. Para 2019, a taxa subiu de 9,48% para 9,52% ao ano. E, para 2021, de 9,92% para 9,97%.

Artigo AnteriorPróximo Artigo