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Fique de olho: BC e FGV mostram economia fraca; inflação dos idosos; exportações chinesas

Fique de olho: PIB do BC sobe 0,2% em novembro; inflação dos idosos; exportação na China

A atividade econômica teve variação positiva após quatro meses consecutivos de retração, segundo dados divulgados hoje (13) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) cresceu 0,2%, em novembro, comparado a outubro. Na comparação entre novembro de 2016 e novembro de 2015, houve queda de 2%. No ano acumulado do ano, o IBC-Br acusa queda de 4,59% e, em 12 meses encerrados em novembro, retração de 4,76%, nos dados sem ajuste. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Ele antecipa a tendência do PIB calculado pelo IBGE.

Indicador de atividade da FGV sobe, mas estagnação continua

O indicador que monitora o comportamento do Produto Interno Bruto do país pela Fundação Getúlio Vargas (Monitor do PIB-FGV de janeiro), divulgado hoje (13), mostra crescimento de 0,67% em novembro na comparação com outubro. Apesar do resultado positivo, a taxa trimestral móvel do Monitor do PIB-FGV, também de novembro, sinaliza recuou de 0,87% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (junho, julho e agosto). Na avaliação dos economistas da FGV, apesar do crescimento de novembro frente a outubro, a economia brasileira “continua estagnada em patamar bastante negativo”. Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, isto acontece porque “os dois principais componentes da demanda – que poderiam ser os motores para a recuperação econômica do país -, consumo das famílias e formação bruta de capital fixo, têm apresentado, regularmente, taxas de variação negativas ao longo dos últimos trimestres”.

Inflação dos Idosos sobe menos que o IPCA no ano

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no quarto trimestre de 2016 variação de 0,93%. Com o resultado, a inflação para as pessoas da terceira idade fechou 2016 com alta acumulada de 6,07%, resultado menor do que a inflação acumulada para a totalidade do país (IPC-BR), que foi de 6,18%. Os dados relativos ao Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade foram divulgados hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Indicam que, na passagem do terceiro trimestre de 2016 para o quarto trimestre, a taxa do IPC-3i acusou alta de 0,26 ponto percentual, passando de 0,67% para 0,93%. Segundo a FGV, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram alta em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa foi de 0,22% para 2,37%. O item que mais influenciou o comportamento dessa classe de despesa foi gasolina, que variou 3,28%, no quarto trimestre, depois de ter fechado com deflação (inflação negativa) de -1,79% no período anterior.

Balança comercial chinesa tem superávit menor com queda nas exportações

A balança comercial chinesa registrou superávit de US$ 40,8 bilhões em dezembro, novamente um recuo em relação aos meses anteriores. Este menor saldo se deu pela queda de 6,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior das exportações medidas em dólar no mês, enquanto as importações avançaram 3,1%, em linha com as expectativas de mercado. Segundo a LCA Consultores, apesar da desvalorização do yuan, a China parece sofrer do ambiente de demanda externa mais fraca, num período que aumentam as incertezas sobre o comércio global com o fortalecimento de correntes protecionistas na Europa e EUA. As relações comerciais a serem tratadas com Donald Trump são motivo de cautela pelo governo chinês, que deve permitir um crescimento mais baixo da economia este ano.

Ex-vice-ministro da Colômbia é preso por esquema da Odebrecht

O ex-vice-ministro dos Transportes da Colômbia Gabriel García Morales foi preso ontem (12) por suspeita de ter recebido US$ 6,5 milhões da empreiteira brasileira Odebrecht em um esquema de corrupção relacionada a uma obra no país em 2009. A informação é da Agência Ansa. Com isso, García Morales se torna o primeiro político de alto escalão do país envolvendo a Odebrecht no Brasil e no exterior nos últimos 15 anos, período no qual a empreiteira teria desembolsado cerca de US$ 1 bilhão em 12 países para assumir projetos, entre eles em Angola, na Argentina, no Brasil, na Colômbia, República Dominicana, no Equador, na Guatemala, no México, em Moçambique, no Panamá, Peru e na Venezuela. Na Colômbia, a Odebrecht teria pago cerca de US$ 11 milhões em propinas a funcionários do governo para conseguir contratos de construção civil entre 2009 e 2014. “A Procuradoria tem evidências de que García exigiu o pagamento de US$ 6,5 milhões para garantir que a Odebrecht fosse a única empresa habilitada para a licitação do trecho dois da Rota do Sol, excluindo outros competidores”, disse a acusação. Ele, que era responsável pelo Instituto Nacional de Concessões à época, deve ser denunciado por corrupção passiva, enriquecimento ilícito e prevaricação. Gabriel García Morales foi vice-ministro dos Transportes do governo do de Álvaro Uribe (2002-2010).

Com informações da Agência Brasil e agências internacionais.

 

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