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Estrangeiros estão mais otimistas para investir no país, diz Pátria

O ânimo dos estrangeiros para investir no Brasil estão melhorando e deve aumentar a oferta de recursos para os leilões de infraestrutura neste ano e especialmente no ano que vem. A expectativa é de Otávio Castello Branco, sócio da empresa de gestão Pátria Investimentos. Ele é responsável por um fundo com R$ 5 bilhões para investimentos em infraestrutura, dos quais menos de R$ 1 bilhão foi desembolsado. A gestora tem investimentos em 11 projetos.

Para Castello Branco, o ambiente para negócios no Brasil está mudando bem, e o otimismo dos estrangeiros com relação ao país está aumentando. “O governo está fazendo a coisa certa e há um crescente bom humor dos estrangeiros para investir no país”, diz. Segundo ele, há vários leilões a serem feitos neste fim de ano que devem atrair o investidor externo e o ano que vem também deve ser bom.

A melhora do humor dependerá, porém, de o governo manter a estabilidade das regras nos setores de infraestrutura. “Não pode mudar de uma hora para outra como no passado”, diz. Além disso, deve divulgar com antecedência as operações e fazer tudo da maneira mais transparente possível.

Castello Branco acredita que a oscilação do dólar não deve afetar o investimento estrangeiro no  Brasil. Ele lembra que o câmbio brasileiro “foi, é e será” instável. Por isso, o investimento aqui tem de ser de longo prazo, para diluir as oscilações do dólar e eventuais perdas. “A economia brasileira é de investimentos de longo prazo e o estrangeiro que já investe aqui sabe disso”, afirma.

Pode ser que, para investidores novos, essa situação representa preocupação, admite o executivo. “Mas com o tempo eles vão perceber que no longo prazo isso deixa de ser importante”, afirma, observando que o câmbio não tem sido um obstáculo para a gestora atrair recursos para infraestrutura.

Mais importante que o câmbio, avalia Castello Branco, é a estabilidade das regras na economia, especialmente com relação ao ambiente regulatório, com agências independentes e com uma legislação que seja cumprida. “A atual estrutura de agências reguladoras é suficiente, mas é preciso que elas sejam comandadas por pessoas de perfil técnico forte, sem indicações políticas e sem interferência do governo”, afirma.

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