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Edmar Bacha, “pai” dos planos Cruzado e Real, é eleito para Academia Brasileira de Letras

O economista e escritor Edmar Bacha, que participou da equipe que concebeu e implantou o Plano Real, é o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele foi eleito hoje para a cadeira 40, vaga desde 22 de julho deste ano, com a morte do jurista Evaristo de Moraes Filho.

O novo integrante da ABL é autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. Sua última obra é Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes, lançada em 2013 pela Editora Civilização Brasileira. Atualmente, está organizando um novo livro com o título O Fisco e a Moeda: Ensaios sobre o Tesouro Nacional e o Banco Central, que será lançado semana que vem em São Paulo, na Livraria Cultura. O lançamento será na quarta-feira, dia 9, a partir das 19h30.

Bacha obteve 18 votos, contra 15 dados ao jurista, escritor e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau. Votaram 23 acadêmicos presentes e dez por cartas.

Nascido em Lambari (MG), Edmar Lisboa Bacha tem 74 anos e se formou em Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em seguida obteve o Ph.D em Economia na Universidade de Yale (EUA). Lecionou economia em diversas universidades no Brasil e no exterior.

No setor público, foi pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e na década de 80 presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de participar no governo Itamar Franco da equipe que concebeu o Plano Real, foi presidente, já no governo Fernando Henrique Cardoso, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No setor privado, atuou como consultor sênior do Banco Itaú BBA e presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos. Hoje, Bacha dirige o Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates que fundou no Rio de Janeiro.

Com três vagas abertas este ano, a ABL elegeu na semana passada o poeta Geraldo Carneiro para a cadeira 24, que foi do crítico teatral Sábato Magaldi. Ainda este mês, no dia 24, haverá outra eleição, para escolher o novo ocupante da cadeira 24, que pertenceu ao cirurgião plástico Ivo Pitanguy, que morreu em 6 de agosto.

As informações são da Agência Brasil.

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