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Dólar recua para R$ 4,18 e Ibovespa e juros sobem; Rússia eleva os juros; Trump insiste em taxar chineses

O dólar perdeu um pouco de força hoje, recuando do recorde de R$ 4,19 de ontem para R$ 4,18 no mercado comercial, das grandes transações. O dólar turismo recua 0,7%, para R$ 4,35 para venda no varejo. O recuo da moeda americana reflete um pouco de ajuste depois da forte alta de ontem e os dados da pesquisa divulgada pela corretora XP Investimentos, que mostra Jair Bolsonaro crescendo após o atentado a faca em Juiz de Fora, reduzindo também a rejeição. A moeda americana segue em alta, apesar da queda de hoje, refletindo o receio do mercado de vitória de um candidato de esquerda contrário às reformas da Previdência e trabalhista e contra o ajuste fiscal.

No mercado de juros futuros, os contratos de DI (juro interbancário) para janeiro de 2019, que projetam a taxa esperada para este ano, voltou a subir e está em 6,93%, 0,3 ponto percentual mais alto que ontem e bem acima da taxa Selic atual, de 6,5%, reforçando a aposta de uma alta ainda este ano. Para 2021, a projeção subiu 0,01 ponto, para 10% ao ano.

No mercado de ações, o Índice Bovespa sobe 0,83%, para R$ 75.306 pontos, puxado por Itaú Unibanco PN, com alta de 1,47%, e Vale ON, com 2,3% de alta. As maiores altas do índice são de Via Varejo novamente, com mais 5%, após a empresa anunciar uma parceria para oferecer conta digital para os compradores. Hypera ON sobe 4,23%, Bradespar PN, 3,46% e B3 ON, 2,83%. As maiores quedas do índice são dos papéis da Eletrobrás, 3,22% o PNB e 2,95% o ON. Marfrig ON cai 1,76% e Sabesp ON cai 1,67%.

Rússia eleva os juros

No exterior, o destaque foi o Banco Central da Rússia, que aumentou os juros de 7,25% para 7,50% ao ano. Além disso, anunciou que serão suspensas as compras de moeda estrangeira no mercado local, para reduzir as oscilações do dólar, e avaliará novas altas dos juros caso haja impactos na inflação. Com isso, a Rússia se junta à Argentina e à Turquia na lista dos países que tiveram de subir os juros para tentar controlar a desvalorização de suas moedas. Ontem, a Turquia elevou suas taxas para tentar segurar a inflação. Já na Argentina, o índice de preços mostrou uma inflação acumulada no ano de 24%.

China tem sinais de indústria e comércio mais fortes

Na China, a produção industrial de agosto subiu 6,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, acima dos 6% de julho, e as vendas no varejo subiram de 8,8% de julho para 9% em agosto, o que explica a alta da Vale, grande exportadora de minério para os chineses.

Trump insiste em taxar chineses

Ontem, autoridades chinesas confirmaram contatos do governo americano para a retomada das negociações para evitar a tributação de produtos importados pelos EUA da China.

Nos EUA, em meio à chegada do furacão Florence, as bolsas iniciaram o dia em alta, mas reverteram os ganhos após declarações do presidente Donald Trump de que ele vai impor tarifas aos produtos chineses mesmo com retomada das negociações. Trump quer elevar em mais US$ 200 bilhões os produtos com sobretaxa de importação dos chineses, além dos US$ 250 bilhões já anunciados.

 

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