A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), juntamente com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) estão discutindo a inclusão de seus clientes no Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional, o CCS. Com isso, corretoras, distribuidoras e instituições de crédito e financiamento terão, até 16 de agosto, de enviar dados preliminares de cadastro de seus clientes. A medida deve aumentar os controles do BC sobre os investidores e tomadores de crédito.
As associações deverão enviar uma lista com todas as instituições associadas dos respectivos segmentos. Na segunda etapa de implementação, que ocorre a partir de 16 de novembro, o Bacen poderá solicitar dados mais detalhados como bens, direitos e valores constantes em nome dos clientes.
Para a advogada da Ancord, Renata Saifi, que participa do projeto, o importante é identificar os desafios e possíveis gargalos anteriormente a essa implantação. “Estamos promovendo reuniões com as corretoras associadas, equipes de TI, provedores de sistemas de interface e Sinacor para debater o assunto e soluções técnicas”, diz. “Agora vamos trabalhar no sentido de atender às demandas do BC e expor as peculiaridades do universo das corretoras e distribuidoras”, afirma.
O CCS faz parte da Lei 10.701, criada em 2003, e que dispõe sobre a Prevenção e Lavagem de Dinheiro. Atualmente, são obrigados ao cumprimento da lei apenas os bancos comerciais, múltiplos e de investimentos. Com a medida, o BC fecha o cerco aos eventuais crimes financeiros que possam ocorrer nessas outras instituições.