Arena Especial, Notícias do dia

Confiança do Consumidor sobe em março para maior nível desde 2014, diz FGV

Um novo sinal de retomada da economia, ainda que discreta, com a ajuda da liberação das contas inativas do FGTS e a redução das dívidas das famílias e da inflação. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,5 pontos em março. O indicador atingiu 85,3 pontos, em uma escala de zero a 200, o maior nível desde dezembro de 2014 (86,4).

A alta foi influenciada pelos aumentos da confiança no presente e do otimismo em relação ao futuro. O Índice de Expectativas, que avalia as opiniões dos consumidores em relação aos próximos meses, avançou 5,1 pontos e alcançou 95,7 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2014 (100,7).

Famílias com contas mais ajustadas

Os consumidores também estão mais otimistas em relação às perspectivas futuras. O indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação econômica em geral alcançou o segundo maior nível da série iniciada em setembro de 2005 (115,4). Dentre os quesitos integrantes do ICC, no entanto, foi o Indicador de perspectivas sobre as finanças familiares que mais contribuiu para a alta do ICC deste mês, ao subir 5,8 pontos, para 94,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2014 (96,4). Este otimismo, diz a FGV, parece refletir a expectativa de aceleração do processo de desalavancagem das famílias, sob a influência de inflação e juros mais baixos e entrada de recursos anteriormente não previstos do FGTS.

Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos consumidores, subiu 1,2 e atingiu 71,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2015 (71,8).

Trajetória de alta na confiança

A Sondagem de março confirma a retomada da trajetória de alta da confiança do consumidor, interrompida com um forte ajuste no sentido contrário ao final do ano passado, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.  O resultado, diz, continua sendo conduzido principalmente pela melhora das expectativas. Apesar disso, notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS podem levar a uma alta mais consistente das variáveis que medem a situação corrente dos consumidores ao longo dos próximos meses, diz a especialista.

Melhora na faixa de renda baixa

A melhora da confiança ocorreu em todas as faixas de renda. Destaca-se a recuperação dos consumidores com renda familiar mensal entre R$2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo índice subiu 5,1 pontos em relação ao mês anterior, influenciado por melhores expectativas em relação a situação financeira das famílias e um maior ímpeto de compras.

A pesquisa da FGV coletou informações de 2.042 domicílios entre os dias 2 e 22 de março. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 26 de abril de 2017.

Com informações da Agência Brasil.

Artigo AnteriorPróximo Artigo