Arena Especial, Gestão de Patrimônio

Carro zero chega a perder 33% do valor em dois anos, mostra pesquisa

O mercado de automóveis segue dando sinais de retomada no Brasil e, aos poucos, os consumidores estão demonstrando mais interesse na aquisição de carros novos. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de veículos novos cresceram 14,5% no Brasil no primeiro semestre de 2018, comparado com o mesmo período do ano anterior.

Mas a satisfação de comprar um carro novo vem acompanhada do inconveniente da forte desvalorização após a compra, a ponto de ser criticada por analistas de finanças pessoais. Apenas ao sair da concessionária, o valor já cai sensivelmente. É diferente da situação de antes do Plano Real, quando a inflação alta e a falta de oferta transformavam carros em investimentos, como telefones.

Em alguns casos, porém, essa perda é maior, chegando a 33% do valor após dois anos. É o que mostra um estudo da KBB Brasil, filial da americana Kelley Blue Book, especializada em levantamentos de preços de automóveis. A empresa selecionou as versões que mais e menos se desvalorizam dentre os modelos mais vendidos no primeiro semestre de 2018.

Segundo a Fenabrave, os 10 modelos mais vendidos no período são: Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Ford Ka, Volkswagen Gol, Fiat Strada, Chevrolet Prisma, Toyota Corolla, Jeep Compass, Fiat Toro e Renault Sandero. Os veículos Volkswagen Polo, Renault Kwid e Fiat Argo estão dentre os mais vendidos de acordo com a Fenabrave. Porém, não foram utilizados nesta análise por contarem apenas com versões 2018 / 2019, enquanto o estudo realizado considera dois anos de uso. Ao excluir os veículos citados, foi respeitado o ranking de vendas e foram utilizados os modelos subsequentes

As versões do Gol e Corolla aparecem como destaque na lista de menos desvalorizados, contando com 4 e 3 versões, respectivamente. Já as que mais desvalorizam são as versões do Sandero e da Strada, apresentando 4 e 3 versões, respectivamente. Mas, mesmo entre os que perdem menos, a desvalorização é de 9%, uma perda razoável que deve ser levada em conta no momento em que se decide ter um automóvel zero. Há ainda as despesas de seguro, manutenção, impostos e combustível, o que faz muita gente preferir andar de táxi ou Uber ou transporte público a manter um carro.

Confira abaixo as versões entre os carros mais vendidos que perderam mais e as que se desvalorizaram menos no primeiro e no segundo ano de uso.

 

Artigo AnteriorPróximo Artigo