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Bolsas nos EUA caem com oposição a plano de Trump de reduzir impostos; confira os ADRs do Brasil

As bolsas nos EUA fecharam em queda hoje depois que lideranças republicanas anunciaram que não vão apoiar o projeto de reforma tributária do presidente Donald Trump, que reduz impostos de empresas e pessoas. O Índice Dow Jones fechou em queda de 0,59%, o Standard & Poor’s 500, de 0,55% e o Nasdaq, 0,47% depois que o senador republicado Ron Johnson disse que se opõe ao projeto do Senado por considera-lo injusto ao beneficiar grandes empresas mais que outros tipos de negócios. A influência do senador, o primeiro do partido governista a se opor abertamente ao projeto, pode atrapalhar os planos do Senado de aprovar a reforma ainda este ano, para que passe a valer no ano que vem.

Na Europa, os mercados também caíram, 0,30% o Índice Euro Stoxx 50, 0,56% o Financial Times, de Londres, 0,44% o DAX, de Frankfurt e 0,27% o CAC, de Paris. O Ibex, de Madri, subiu 0,24%, em meio a acusações de que a Rússia estaria envolvida na tentativa de independência da Catalunha. Já na Ásia, que começava há pouco os negócios de quinta-feira, o Índice Nikkei futuro em Cingapura indicava alta de 0,25% e o Hang Seng futuro, de Hong Kong, ganhava 0,4%, segundo a Bloomberg.

A reforma tributária é um dos principais pilares da proposta de governo de Donald Trump, ao lado da desregulamentação do setor financeiro e do fim do programa de saúde pública Obamacare. A redução de impostos deveria aumentar os investimentos das empresas e a atividade econômica, bem como o corte de tributos para pessoas físicas aumentaria o consumo. O projeto já estava sendo elaborado de formas diferentes no Senado e na Câmara, e teria de ser depois “conciliado” pelos líderes das duas casas para ser enviado ao presidente. Mas já havia uma proposta no Senado de adiar a entrada em vigor do desconto do imposto para 2019, e não já em 2018, como quer Trump.

Petróleo segue em baixa

As ações de empresas de petróleo também caíram sob o impacto do relatório da Agência Internacional de Energia, que previu uma demanda menor pelo óleo no ano que vem, e pelos dados da Agência Americana de Administração e Informação de Energia, que comunicou um aumento de 1,2% nos estoques, o que derrubou os preços da matéria-prima. O barril do tipo Brent, negociado em Londres, referência internacional, recuou 0,59%, para R$ 61,84. Em Nova York, o barril do tipo WTI caiu 0,7%, para US$ 55,33.

Os dados do início da semana da produção industrial e dos investimentos em ativos fixos da China, abaixo do esperado, ajudam a enfraquecer os mercados de commodities. Já os juros dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA, com matérias-primas em baixa e menor estímulo à economia com as dúvidas sobre o pacote tributário, recuaram de 2,381% para 2,335% ao ano.

A inflação ao consumidor (CPI) de outubro que subiu apenas 0,1% sobre o mês anterior e 2% sobre o mesmo mês do ano passado, também dá sinais de que os juros americanos podem seguir subindo suavemente no médio prazo. Sem combustíveis e alimentos, a inflação teria subido 0,2% no mês e 1,8% em 12 meses.

ADR brasileiro se recupera

Já os papéis brasileiros apresentaram recuperação hoje nos negócios em Nova York depois da forte queda de terça-feira. Apesar do feriado de Proclamação da República, o índice Dow Jones Brazil Titans 20, que reúne os 20 principais recibos de ações (American Depositary Receipts) negociados em Nova York, subiu 0,94%. Hoje, os ADRs da Petrobras subiram 1,55%, depois da queda de mais de 7% na terça-feira. Vale subiu 0,92% e Itaú Unibanco, 1,29%.

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