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Ouro deve ficar abaixo dos US$ 1 mil em 2014, diz Goldman Sachs

O valor do ouro continua a cair à medida que o banco central americano reduz os estímulos e a economia dá sinais de melhora, de acordo com o banco de investimentos Goldman Sachs, que diz que há risco de o valor barra cair abaixo de US$ 1 mil por onça-troy (31,104 gramas).

Embora as discussões do teto da dívida nos Estados Unidos e a crise na Síria possam dar suporte ao ouro no curto prazo, ele retornará a sua queda no ano que vem. Para o chefe de pesquisa de commodities, Jeffrey Currie, a meta dos bancos para 2014 é de um preço de US$ 1.050, e o ajuste pode passar para o lado negativo. O ouro nunca foi negociado nos mercados futuros abaixo de US$ 1 mil desde outubro de 2009.

O preço da barra de ouro caiu 22% este ano com alguns investidores perdendo as esperanças do metal como reserva de valor. A economia dos Estados Unidos melhorou e o dólar subiu. O Federal Reserve (Fed), banco central americano, vai reduzir  seu programa de compra de títulos no valor de US$ 85 bilhões por mês na semana que vem, de acordo com informações da Agência Bloomberg.

O chefe de pesquisa de commodities do Credit Suisse, Ric Deverell, levantou a possibilidade de negociação do ouro abaixo de US$ 1 mil em maio.  Ele ainda disse que o valor da barra ia ser esmagado pela variação da inflação. A previsão era para o prazo de cinco anos.

Currie disse que o que anima é ver que os dados econômicos estão melhorando nos Estados Unidos. O fato de moedas de mercados emergentes estarem enfraquecendo, em especial o rand sul africano, também vai ajudar a reduzir o custo de produção em dólares, concluiu;

O presidente do Fed, Ben Bernanke, disse, em julho, que o ouro tem caído este ano porque os investidores veem menos necessidade de seguro contra desastres. Uma das razões de os preços estarem mais baixos é o fato de as pessoas estarem menos preocupadas com resultados extremos, principalmente negativos, avalia Bernanke.

O governo federal americano precisa aumentar o limite da dívida ainda este ano para não comprometer as finanças públicas. O Goldman prevê que o teto será elevado até o final do próximo mês, de acordo com o relatório de 11 de setembro.

As informações são da Agência Bloomberg.

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