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Vale sobe 5% e puxa Ibovespa; IPOs animam mercado

As ações da Vale são destaque na bolsa hoje, com altas de quase 5% por conta da alta do minério de ferro e de sinais de melhora nas relações entre Estados Unidos e China. Hoje, o presidente Donald Trump teria ligado para o presidente chinês Xi Jinping e mantido uma conversa amistosa depois dos ataques e ameaças ao comércio chinês e um sinal de apoio a Taiwan. Na conversa, Trump teria apoiado a política de “uma só China” defendida pelo governo chinês, que não reconhece a soberania de Taiwan. Além disso, Trump falou ontem que prepara medidas para reduzir os impostos, o que fez as bolsas americanas baterem novos recordes ontem e subirem novamente hoje.

Às 12h45, o Índice Bovespa subia 1,2%, para 65.746 pontos, com R$ 2,3 bilhões de volume negociado. O papel mais negociado era a ação preferencial (PN, sem voto) série A da Vale, que subia 5,22%, acompanhando a alta de 3,3% do minério de ferro na China. A alta do minério veio depois de dados melhores que o esperado na balança comercial chinesa. Vale ON (papel ordinário, com voto) subia 4,8%.

Petrobras também ajuda na alta, beneficiada pela valorização do petróleo. A ação PN da estatal subia 1,73% e a ON, 1,63%. CCR, que anunciou o preço de sua oferta de ações, que vai atingir R$ 4 bilhões e deve ser liquidada dia 15, era o terceiro papel mais negociado, subindo 3,43%, para R$ 15,29, perto dos R$ 16 da oferta. Já Itaú Unibanco PN recuava 0,23%, depois das fortes altas após a divulgação do balanço na terça-feira.

As maiores altas do índice eram de Bradespar PN, 5,38%, Ecorodovias ON, 4,90%, Vale PNA, 5,05% e CSN ON, 5,20%. A holding não financeira do Bradesco sobe por ser grande investidora em papéis da Vale, enquanto CSN e as siderúrgicas se beneficiam da alta do minério.

Apenas quatro papéis do índice caíam hoje. Suzano Papel PNA perdia 2,25%, Qualicorp ON, 1,05%, Cielo ON, 0,25$ e Energias do Brasil ON, 0,21%.

O mercado acompanhava também os resultados das ofertas iniciais de ações. Além do aumento de capital da CCR, outras empresas estão concluindo seus IPOs. A rede de laboratórios Hermes Pardini definiu o preço de sua oferta inicial em R$ 19,00, na média da estimativa que era de um preço entre R$ 17,50 e R$ 21,50. Serão vendidos 40,2 milhões de ações no valor de R$ 764 milhões, dos quais 8 milhões de ações, dos quais R$ 152 milhões são papéis novos, ou seja, oferta primária, cujo dinheiro deve ir para o caixa da empresa. O restante são papéis já emitidos, cujo resultado da venda irá para o bolso dos atuais acionistas. Segundo a Reuters, a oferta teria superado a demanda em três vezes.

Hoje também a Unidas encerra sua oferta. Segundo o jornal Valor, porém, os acionistas avaliavam cancelar a operação, diante do preço oferecido e da baixa demanda pelo mercado. O preço de lançamento das ações UNID3 ficaria abaixo dos R$ 15,15 (piso do prospecto preliminar). Dessa forma, os acionistas da Unidas (os fundos de private equity Gávea, Vinci e Kinea, além da portuguesa Principal e a locadora americana Enterprise) não estariam dispostos a receber menos do que o indicado inicialmente na venda de suas posições, cancelando o IPO da empresa.

Outro assunto do dia é o provável IPO da corretora XP Investimentos. Segundo a Coluna do Broad, a corretora fundada por Guilherme Benchimol está perto de contratar os bancos Itaú BBA, J.P. Morgan, Morgan Stanley e BTG Pactual para estruturar a operação. A hoje maior corretora independente do mercado teria um preço estimado em R$ 4 bilhões. Seria a deixa para o fundo americano General Atlantic deixar a empresa.

 

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