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Vale e Petrobras ajudam Ibovespa a fechar em alta de 0,36%

O Índice Bovespa conseguiu superar a maré de mau humor que predominou nas principais bolsas do exterior e, graças à recuperação de ações com grande peso na composição do índice, fechou em alta de 0,36%, chegando aos 45.861 pontos. O volume negociado no pregão de hoje foi de 6,201 bilhões.

As ações da Petrobras e da Vale fecharam o dia em alta, ajudando na recuperação do Ibovespa após período de fortes quedas nas sessões anteriores. Os papéis preferenciais série A (PNA, sem direito a voto) da Vale subiram 1,37%, enquanto as ordinárias (ON, com voto) tiveram 1,89% de valorização. Petrobras PN subiu 1,60% e Petrobras ON avançou 0,80%.

No cenário externo, os investidores se mantiveram em clima de cautela, na expectativa do anúncio de amanhã dos dados da produção industrial da China. O mercado teme um desaquecimento maior da segunda maior economia do mundo e essa tensão derrubou os preços das commodities, especialmente as metálicas, no mercado internacional.

O mercado europeu, em particular, viveu um dia tenso não apenas por preocupações econômicas, mas também pelo clima ainda bastante instável na Ucrânia. O primeiro-ministro interino ucraniano Arseniy Yatsenyuk se reuniu hoje com o presidente americano Barack Obama em Washington. Ele também deve comparecer à reunião de amanhã do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York.

Além da turbulência política, a produção industrial na zona do euro caiu em janeiro, 0,2% no mês, após queda revisada de 0,4% em dezembro, informou a Eurostat nesta quarta-feira. Analistas esperavam uma expansão de 0,5% em janeiro. A queda mensal deveu-se principalmente ao recuo de 2,5% na produção de energia.

Ibovespa

As maiores altas do dia foram de Energias do Brasil ON, com 5,50%, Eletrobras ON, 5,31%, Eletrobras PNB, 4,48%, Light ON, 3,17% e a unit (recibo de ações) da Klabin, com 3,05%.

Os papéis de bancos também foram destaque no pregão de hoje, a maioria operando em queda forte na abertura do pregão. Hoje, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou um julgamento de um processo pedindo a correção da caderneta em planos econômicos dos anos 80 e 90. O processo será retomado pela Segunda Seção do Tribunal em 26 de março, segundo a Agência Estado.

Enquanto isso, segue suspensa a votação do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda sem data para retomada. Segundo o jornal Valor Econômico, os bancos teriam apresentado uma proposta para pagar a correção apenas para quem sacou o dinheiro nos primeiros dias após os planos, e, portanto, teria perdido os rendimentos extras pagos nos meses seguintes. Isso reduziria bastante o valor a ser pago pelas instituições.

Os papéis PN do Itaú Unibanco terminaram o dia com queda de 1,23%, mas as ações ON e PN do Bradesco subiram 0,35% e 0,62%, respectivamente. Os papéis ON do Banco do Brasil também subiram, ganhando 0,20%. As units (recibos de ações) do Santander caíram 1,03%.

Os destaques de queda no pregão de hoje foram Usiminas PNA, com -2,85%, Telefônica Brasil PN, -2,10%, Qualicorp ON, -2,05%, Pão de Açúcar PN, -2,05% e Anhanguera ON, -1,59%.

Bolsas do exterior

Na Europa, o índice regional Euro Stoxx 50 terminou o dia com queda de 0,88%, enquanto o Financial Times, da Bolsa de Londres, perdeu 0,97%. O Índice CAC, da Bolsa de Paris, teve 1,00% de desvalorização e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuou 1,28%.

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones teve 0,07% de queda, mas o S&P 500 subiu 0,03% e o Índice Nasdaq teve 0,37% de valorização.

Juros e dólar

As taxas de juros projetadas pelos principais contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda, acompanhando o movimento do dólar frente ao real. O contrato para janeiro de 2015 terminou o dia projetando taxa de 11,11%, de 11,13% no ajuste de ontem. Janeiro de 2017 recuou de 12,55% para 12,47% e janeiro de 2021, de 12,97% para 12,90%.

O dólar comercial teve queda de 0,33% frente ao real, fechando a R$ 2,36 para venda. O dólar turismo subiu 0,80%, fechando a R$ 2,49 para venda.

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