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Vale e China garantem alta de 3,12% do Ibovespa

A repercussão dos resultados trimestrais da Vale e notícias positivas sobre a economia chinesa impulsionaram as principais ações do Índice Bovespa, levando o próprio índice a fechar o pregão de hoje com forte alta de 3,12%, aos 48.928 pontos.

A Vale divulgou ontem seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2013, no qual viu seu lucro líquido ajustado cair 85% na comparação com o mesmo período do ano passado. O efeito cambial foi citado pela empresa como principal impacto negativo sobre os resultados.

Mesmo assim, os números foram bem recebidos pelo mercado e elogiados pelos analistas, sobretudo no que se refere ao rigoroso plano de cortes nos custos e despesas que a Vale colocou em prática no começo do ano, e que já começa a mostrar resultados.

Os papéis da empresa abriram o pregão de hoje em alta e, depois das teleconferências com analistas e com a imprensa, consolidaram o movimento de alta. As ações preferenciais série A (PNA, sem direito a voto) da Vale fecharam com alta de 2,99% e as ações ordinárias (ON, com voto) subiram 3,68%.

Notícias da China

A China divulgou hoje os números de sua balança comercial em julho e surpreendeu o mercado com resultados bem melhores do que o esperado. As exportações e importações do país asiático mostraram forte recuperação, sinalizando que a segunda maior economia do mundo pode estar se estabilizando após mais de dois anos de crescimento lento.

As importações de petróleo e minério de ferro se recuperaram de mínimas de vários meses para registrar máximas no mês passado, à medida que mais matérias-primas foram adquiridas para recompor estoques, e as compras de soja bateram recorde pelo segundo mês seguido.

Dados da Administração de Alfândega mostraram que as exportações subiram 5,1% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Analistas esperavam um aumento de 3%. As importações foram ainda melhores, com um salto de 10,9% ante o ano anterior, mais de cinco vezes o que analistas esperavam.

Impacto positivo

Tanto por conta dos bons resultados, como por reflexo da melhora na economia chinesa, as ações de siderúrgicas também tiveram bom desempenho no pregão de hoje. Usiminas PNA subiu 3,77%, e as ações ON da companhia ganharam 4,84%. CSN ON teve 4% de valorização.

As ações da Petrobras também tiveram forte alta, com os papéis PN e ON subindo 2,46% e 3,19%, respectivamente.

As maiores altas do dia no Ibovespa foram de OGX ON (+9,25%), Brookfield ON (+9,15%), Gafisa ON (+8,36%), MMX ON (+8,02%) e Oi PN (+7,98%).

Apenas cinco das 70 ações que compõem o Ibovespa fecharam em queda: BR Malls ON (-1,15%), Marfrig ON (-1,03%), Cemig PN (-0,48%), Pão de Açúcar PN (-0,43%) e CCR ON (-0,11%).

Bolsas do exterior

Além das notícias sobre a economia chinesa, dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos animam as principais bolsas americanas e europeias no pregão de hoje. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o número de americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou ligeiramente na semana passada, mas ficou próximo do menor nível desde antes da recessão de 2007-2009, um sinal animador para a economia do país.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 5 mil na semana passada, para 333 mil, segundo dados ajustados sazonalmente. O mercado esperava uma alta para 336 mil.

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones subiu 0,18%, enquanto o S&P 500 teve 0,39% de valorização. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,41%.

Na Europa, o Índice Euro Stoxx 50, que segue o desempenho das principais ações da região, ganhou 0,80% e o Financial Times, da Bolsa de Londres, teve alta de 0,28%. O Índice CAC, da Bolsa de Paris, subiu 0,64% e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,70%.

Juros e câmbio

As taxas projetadas pelos contratos futuros da BM&F com vencimento mais curto fecharam o dia em queda. Ao fim do pregão, a taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2014 projetava 8,89% ao ano, de 8,91% no ajuste anterior. Janeiro de 2015 passou de 9,71% para 9,66% e janeiro de 2017 subiu, passando de 10,85% para 10,87%. Janeiro de 2021 subiu de 11,22% para 11,27%.

No mercado de câmbio, o Banco Central atuou novamente para tentar conter a alta do dólar frente ao real, anunciando um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), dos quais vendeu 12,7 mil. No fim do pregão, o dólar comercial marcava queda de 1,16%, chegando a R$ 2,287 para venda, enquanto o dólar turismo caiu 1,23%, para R$ 2,40 para venda.

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