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SPX: mercado só falou do pior cenário; expectativa é de dólar perto de R$ 4,30

Os mercados repercutiram bastante as projeções da gestora de fundos SPX, dando grande destaque para as declarações do sócio Rogério Xavier em evento organizado esta semana em São Paulo. Mas, dentro do clima de nervosismo das últimas semanas, as atenções ficaram apenas no pior cenário, no qual o gestor prevê tudo dando errado no Brasil e no exterior e  o dólar chegando a R$ 5,30. “Para dar esse cenário, precisaríamos ter, ao mesmo tempo, os juros americanos de 10 anos atingindo 6%, os países emergentes entrando em dificuldades para se financiar e as eleições ruins no Brasil complicando o ajuste fiscal”, explica.

Para Xavier, o cenário mais provável é de um juro americano na faixa de 4% ao ano ou um pouco mais, pela recuperação mais forte da economia americana. Com isso, haveria alguma pressão  sobre os países emergentes. Já no Brasil, Xavier espera uma eleição que garanta uma continuidade do ajuste fiscal, mesmo que com a eleição de Jair Bolsonaro, mas com a política econômica comandada pelo economista Paulo Guedes, de perfil mais liberal. “Seria algo parecido com o período Dilma (Rousseff) e Joaquim Levy”, diz, referindo-se à tentativa da ex-presidente logo após sua reeleição de equilibrar as contas do país. “O começo é bom, mas tem desconfiança e depois os mercados se equilibram num nível mais alto”, afirma. “Mas não explode”.  Nesse cenário, o dólar ficaria em torno de R$ 4,30, ainda alto, mas longe dos R$ 5,30 do pior cenário.

 

 

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