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Petrobras lucra R$ 2,5 bi no 4º tri e reduz no ano prejuízo para R$ 15 bi; lucro operacional cresce

A Petrobras fechou o quarto trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 36,9 bilhões do mesmo período de 2015. Com isso, no ano, o prejuízo da estatal atingiu R$ 14,8 bilhões, 57% menor que os R$ 34,8 bilhões de 2015. Os resultados foram impactados pelo preço do petróleo, que subiu 8% no quarto trimestre, mas caiu 14% no ano. O dólar também influenciou o resultado, com alta de 2% no último trimestre e 16,4% no ano.

O lucro operacional da estatal também melhorou, passando de prejuízo de R$ 40,9 bilhões no quarto trimestre de 2015 para um lucro de R$ 11,8 bilhões no mesmo período de 2016. No ano, a empresa fechou com um lucro operacional de R$ 17,1 bilhões, ante um prejuízo de R$ 12,4 bilhões.

Margens maiores

Apesar do preço de petróleo mais baixo em 2016, da retração do mercado nacional de derivados, com queda de 8% no volume de vendas no mercado interno, e da menor geração de energia elétrica, a companhia operou com maiores margens de diesel e gasolina, se comparado ao ano anterior, e reduziu seus gastos com importações, participações governamentais e suas despesas de vendas, gerais e administrativas, bem como despesas financeiras líquidas, informou a estatal em comunicado.

Exportadora de petróleo

As exportações aumentaram 12% no quarto trimestre, para 634 mil barris por dia (Bpd) de petróleo e derivados, com destaque para as exportações de petróleo, que subiram 14%, levando a empresa a assumir a posição de exportadora líquida em 2016. Ou seja, a Petrobras exportou mais que importou petróleo no ano passado.

Meta de produção cumprida

Em termos operacionais, a companhia também cumpriu, pelo segundo ano consecutivo, sua meta de produção, atingindo 2.144 mil de barris por dia (bpd) de petróleo no Brasil e registrou recordes como a produção de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), considerando petróleo e gás, no Brasil e no exterior, em dezembro.

Sete trimestre de fluxo de caixa positivo

Com a maior geração de caixa operacional e a redução de investimentos em 32%, a empresa alcançou um fluxo de caixa livre de R$ 41,57 bilhões. O quarto trimestre de 2016 foi o sétimo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo, demonstrando a maior disciplina de capital que a empresa vem perseguindo.

Dívida líquida caiu 20%

O endividamento líquido foi reduzido em 20%, passando para R$ 314 bilhões ou US$ 96,4 bilhões, em decorrência da amortização e pré-pagamento de dívidas, utilizando recursos de desinvestimentos e do caixa, bem como da apreciação do real. A gestão da dívida também possibilitou o aumento do prazo médio de 7,14 para 7,46 anos.

Ebitda cresceu 31% no 4º tri

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda) referência bastante utilizada pelo mercado financeiro como uma aproximação da geração de caixa, foi de R$ 24,8 bilhões no quarto trimestre e de R$ 88,7 bilhões em 2016, 31% e 16% superiores ao ano anterior, respectivamente.

Endividamento cai

Com isso, a relação Dívida líquida/Ebitda traçada pela Petrobras no seu Plano de Negócios e Gestão foi reduzida de 5,11 vezes, ao final de 2015, para 3,54 vezes ao final de 2016. A meta é que esse indicador chegue a 2,5 vezes o Ebitda no fim de 2018.

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