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Petrobras, bancos e imobiliárias pressionam e Ibovespa cai 0,52%

Depois de fechar a semana passada com ganhos, o Índice Bovespa devolveu parte do lucro na sessão de hoje, fechando em queda de 0,52%, aos 51.596 pontos. As quedas de ações da Petrobras, dos bancos e de empresas do setor imobiliário, que têm grande peso na composição do Ibovespa, pressionaram o desempenho do índice.

Além disso, a proximidade do vencimento de opções sobre o Ibovespa, que ocorre na quarta-feira, também conferiu instabilidade ao mercado no pregão de hoje. O volume negociado na bolsa hoje foi de R$ 5,630 bilhões.

O destaque do dia no noticiário local foi a divulgação da pesquisa Focus, do Banco Central (BC). Segundo a edição desta semana, economistas de instituições financeiras passaram a ver a inflação praticamente no teto da meta ao final de 2014 e ainda projetam mais uma alta na Selic em maio, mesmo depois de o Banco Central apontar o fim do ciclo de aperto monetário.

O documento mostrou que os economistas pioraram pela sexta semana seguida o cenário para os preços neste ano, vendo o IPCA agora a 6,47%, ante 6,35% na pesquisa da semana passada. A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Em reação a essa visão do mercado, papéis do setor imobiliário e de bancos, entre os mais sensíveis a oscilações na taxa básica de juro, tiveram perdas no pregão de hoje. Bradesco PN (preferencial, sem voto) caiu 1,23%, Banco do Brasil ON (ordinária, com voto) perdeu 1,51% e Itaú PN, 1,27%. Petrobras ON e Petrobras PN caíram ambas o mesmo percentual, 1,60%. Entre as construtoras, PDG Realty caiu 2,04%, Cyrela ON, 0,80% e Gafisa ON, 3,19%.

Ibovespa

As ações que mais subiram na sessão de hoje foram Duratex ON (ordinárias, com voto), com 3,37%, seguidas das preferenciais (PN, sem voto) série B da Cope, com 2,60% de ganho. As PN da Gol ganharam 2,47% e as ON da Eletrobras, 2,39%, seguidas das ON da Anhanguera Educacional, com 2,35%.

Na outra ponta, os papéis que mais caíram foram as PN da OI, com -5,31%, seguidas das ON da Dasa, com -4,60% e das ON da Prumo, com -3,30%. As ON da Gafisa fecharam em queda de 3,19% e as ON da TIM, de 2,64%.

Bolsas do exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações fecharam em alta, animados pela divulgação das vendas do varejo em março. O indicador do setor teve alta de 1,1%no mês, o maior ritmo de avanço desde setembro de 2012.

Os papéis de instituições financeiras, que tiveram forte alta, também colaboraram para o desempenho dos principais índices. O Citibank anunciou seu resultado referente ao primeiro trimestre do ano, quando seu lucro líquido cresceu 4%, após perdas menores com ativos que compensaram queda na receita e no lucro gerado por negócios com corretagem de títulos e empréstimos.

O Índice Dow Jones fechou em alta de 0,91% e o S&P 500 teve 0,82% de valorização. O Índice Nasdaq subiu 0,57%.

Na Europa, os principais índices de ações fecharam em alta, recuperando-se das perdas nos pregões recentes. O índice regional Euro Stoxx 50 teve alta de 0,48%, enquanto o Financial Times, da Bolsa de Londres, subiu 0,34%. O Índice CAC, da Bolsa de Paris, avançou 0,43% e o DAX, de Frankfurt, teve 0,26% de valorização.

Juros e dólar

No mercado de juros, as taxas projetadas pelos principais contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, repercutindo a divulgação da inflação medida pelo IGP-10 e também a visão dos economistas para a inflação e o juro básico, segundo a pesquisa Focus.

O IGP-10 avançou 1,19% em abril, após 1,29% de alta em março. O esperado pelos economistas era uma alta em torno de 0,8%.

O contrato de DI para janeiro de 2015 fechou projetando taxa de 11,08%, ante 11,07% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2017 avançou de 12,38% para 12,47% e janeiro de 2017, de 12,65% para 12,76%.

O dólar fechou em queda de 0,22%, vendido a R$ 2,22 no mercado comercial, das grandes operações. Já o dólar turismo terminou o dia estável, vendido a R$ 2,35.

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