Ações na Arena, Corretoras

Nova Futura quer ganhar mercado de profissionais e promete guerra de preços

Com a retração do comprador de ações tradicional e o crescimento dos investidores profissionais, que dedicam seu tempo a negociar no mercado o dia todo, mais corretoras passaram a oferecer serviços especializados para esse público. A XP tinha uma área voltada só para esses clientes e, depois, a reforçou ao adquirir a Clear, que fora criada também com foco especialmente para esse segmento.

Mais recentemente, a corretora Nova Futura, tradicional no segmento de derivativos, criou uma plataforma para os chamados traders independentes, que negociam de um computador pessoal, mas que chegam a fazer 4 mil operações por dia. É um público mais sofisticado, que exige mais eficiência e velocidade dos sistemas, mas ao mesmo tempo está sempre atrás da menor tarifa possível.

A Nova Futura, que comprou recentemente a carteira da PAX Corretora, está entrando nesse mercado de pessoas físicas profissionais prometendo uma guerra de preços para ganhar espaço das concorrentes. A plataforma desenvolvida pela corretora começou custando R$ 229 por mês. Mas a concorrência, segundo a corretora, reduziu seus preços, o que fez a Nova Futura baixar a cobrança para R$ 199 por mês.

“Estamos entrando agora no segmento de varejo, portanto, temos margem para reduzir o quanto for preciso para termos o melhor custo-benefício do país”, diz André Ferreira, diretor da Nova Futura. “Se outra instituição colocar um preço menor do que o nosso no futuro, nós cobriremos, e vamos ganhar participação de mercado”, afirma. Segundo ele, o menor custo reflete a eficiência. “Somos eficientes, investimos muito em tecnologia e infraestrutura nos últimos anos para este momento, não há milagre”, diz.

Ferreira diz que essa foi a primeira ação e outros tipos de investimentos financeiros também devem ser alvo de novos níveis de preço. “Queremos ficar entre as quatro maiores corretoras de pessoas físicas do país no curto prazo”, afirma.

Guilherme Benchimol, presidente da XP, líder no segmento, diz que não acha a questão do preço fundamental. “A nossa visão é que preço não é a variável mais importante para atrair um cliente”.

 

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