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Juro do rotativo cai de 15,5% para 9,7% ao mês; taxa segue alta mesmo no parcelado

A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito chegou a 9,7% ao mês (203,2% ao ano) na semana de 29 de maio a 2 de junho, atingindo o seu menor patamar desde a alteração na regra dessa modalidade, em 3 de abril. Antes da mudança determinada pelo Banco Central (BC), que proibiu os bancos de renovarem os créditos rotativos após o primeiro mês, a taxa registrada na última semana de março foi de 15,4% ao mês (455,1% ao ano). O levantamento é da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs).

O levantamento também traz os juros médios do rotativo considerando todas as semanas de maio, período em que a taxa ficou em 10,1% ao mês (219% ao ano). Em abril, a taxa era de 11,9% ao mês (289,5% a.a.), e em março, 15% ao mês (455% a.a.). O levantamento da Abecs é realizado com base em informações das seis principais instituições financeiras do país.

Apesar da forte queda, o número mostra que os juros do rotativo do cartão de crédito continuam muito altos. Por esse taxa de 9,7% ao mês, a dívida dobraria em oito meses, se fosse possível renovar o crédito.

Mas, se o devedor optar por refinanciar a dívida com o parcelado do cartão, como oferecem as instituições financeiras, os juros que ele vai pagar continuarão altos, podendo variar de 5% a 9% ao mês na maioria das grandes instituições, de acordo com dados do site do Banco Central.

Os dados do rotativo da Abecs se referem também apenas às seis maiores instituições. Levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac) mostra que, em maio, considerando todo o mercado, os juros médios do cartão de crédito estavam em 13,25% ao ano, um ponto percentual abaixo dos 14,31% ao ano de abril. Isso representa uma queda na taxa anualizada de 397,75% para 345,10%.

No mesmo período, o juro do cheque especial ficou praticamente estável, passando de 12,30% ao mês em abril para 12,28% em maio. A taxa média para pessoa física caiu de 7,87% para 7,65% ao mês. Ou seja, o crédito continua bastante caro, apesar da redução dos juros básicos de 14,25% para 10,25%.

 

 

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