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JP Morgan manda comprar papéis brasileiros após decisão da Câmara

O banco americano J.P. Morgan mudou sua recomendação para os papéis brasileiros depois da decisão da Câmara de não afastar o presidente Michel Temer, para “overweight”, ou comprar. Segundo o banco, a decisão de ontem da Câmara reduz as incertezas políticas e melhoras as perspectivas para a aprovação da reforma da Previdência. O banco manda os investidores venderem os papéis que servem de seguro de crédito, os CDS, e comprar títulos do Tesouro brasileiro no exterior com vencimentos entre 2020 e 2030. O banco  reviu também sua estimativa para os juros brasileiros no fim deste ano para 7,25% ao ano e vê uma melhora nos fundamentos da economia do país.

Para o J.P. Morgan, caso a reforma não seja aprovada, porém, os juros básicos voltarão a subir no segundo semestre de 2018. Sem a reforma, o dólar tende a subir e, com ele, as projeções de inflação, obrigando o BC a subir a taxa básica, novamente para 8% ao ano no segundo semestre do ano que vem.

O relatório é assinado pelos economistas Cassiana Fernandez, Cristiano Souza e Vinícius Moreira. Eles acreditam que, após a vitória de Temer, o assunto da reforma da Previdência voltará para a mesa. Mas admitem que o cenário principal do banco é que o texto será aprovado somente depois das eleições, diante de outras pautas importantes que terão de ser votadas, como a troca da TJLP pela TLP nos empréstimos do BNDES e as reformas eleitoral e tributária. Uma possibilidade é que partes da reforma sejam aprovadas antes da eleição de 2018.

O banco espera que o BC corte os juros em 1 ponto na próxima reunião, para 8,25%, e faça mais dois cortes de 0,5 ponto nas reuniões seguintes, levando  Selic para 7,25%.

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