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IGP-DI cai 0,30% em julho e acumula -2,87% no ano; atacado recua 0,67%

O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,30%, em julho, deflação um pouco menor que a de junho, de -0,96%. Em julho de 2016, também houve queda, 0,39%. As informações são da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado de julho, a taxa acumulada em 2017 é de -2,87%. Em 12 meses, o IGP-DI acumula variação de -1,42%. O número confirma a tendência de queda dos preços e a expectativa de que o Banco Central (BC) vai reduzir mais os juros, para perto de 7% ao ano, como preveem os analistas. O índice oficial de inflação é o IPCA, do IBGE, mas ele sofre os impactos de vários componentes do IGP-DI, como os preços no atacado.

O IGP-DI de julho foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês de referência. Ele é formado por três sub índices, de atacado (IPA), com peso de 60%, de varejo (IPC), com 30%, e da construção civil (INCC), com 10%.

Alimentos in natura derruba atacado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,67%, em julho, um pouco menos que em junho, quando a taxa foi de -1,53%. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de -1,36%. No mês anterior, a taxa de variação foi de -0,88%. O principal responsável pela queda mais forte foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,16% para -5,77%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou variação de -0,58%, ante -0,53%, no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de -0,80%, ante -0,50%, no mês anterior. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,11% para -0,33%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de -0,34%. No mês anterior, a variação foi de -0,05%.

Minério de ferro reduz queda

Em Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de -3,60%, em junho, para 0,42%, em julho. Os destaques no sentido ascendente foram: minério de ferro (-6,95% para 5,98%), soja (em grão) (0,05% para 4,01%) e mandioca (aipim) (-13,98% para -5,04%). Em sentido descendente, vale mencionar: leite in natura (-0,11% para -1,25%), algodão (em caroço) (-5,93% para -9,03%) e arroz (em casca) (1,41% para 0,67%).

Preços ao consumidor voltam a subir

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,38%, em julho, ante -0,32%, no mês anterior. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Habitação (-0,74% para 1,15%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -6,56% para 5,95%.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (-0,53% para 0,40%), Alimentação (-0,71% para -0,22%) e Comunicação (-0,10% para 0,58%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: gasolina (-2,86% para 2,61%), hortaliças e legumes (-7,11% para 1,49%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,50% para 1,70%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Vestuário (0,86% para -0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% para 0,32%), Despesas Diversas (0,31% para 0,18%) e Educação, Leitura e Recreação (0,21% para 0,19%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: roupas (0,94% para -0,31%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,51% para 0,08%), tarifa postal (2,07% para 0,00%) e passagem aérea (13,02% para 1,50%), respectivamente.

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,13%, ante 0,20%, apurada no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 41 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 23 apresentaram taxas abaixo de -0,24%, linha de corte inferior, e 18 registraram variações acima de 0,39%, linha de corte superior.

Difusão estável em 51,78%

Em julho, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, registrou a mesma variação do mês de junho, que foi de 51,78%.

Construção civil sobe menos

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, taxa de variação de 0,30%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,93%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou taxa de 0,07%. No mês anterior, este índice variou -0,01%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,49%. No mês anterior, este índice variou 1,70%.

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