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Ibovespa sobe quase 1% com Vale e mineradoras no positivo; juros futuros e dólar recuam na abertura do pregão

Mesmo com alguns mercados internacionais em queda, o Índice Bovespa abriu em alta nessa quinta-feira, impulsionado pelo balanço positivo da Vale e bons desempenhos das ações das mineradoras. Às 11h27, o Ibovespa subia 0,93%, aos 64.419,95 pontos.

As principais altas da carteira ficavam com as ações preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Usiminas, que ganhavam 2,92%, seguidas pelas ações preferenciais (PN, sem voto) da Gerdau Metalúrgica, que subiam 2,42%. Os papéis ordinários (ON, com voto) da Smiles registravam alta de 2,16%. Cemig PN subia 2,15% e Cosan ON ganhava 1,92%.

As ações ordinárias da Natura eram os destaques de baixa no índice, após a companhia divulgar uma queda de 44,6% no lucro no terceiro trimestre. Os papéis recuavam 5,72%. JBS ON e Suzano PNA caíam, respectivamente, 1,15% e 1,09%. Ações ordinárias da Cetip recuavam 0,22% enquanto Ambev ON perdia 0,05%.

Entre os maiores volumes negociados da bolsa estavam as ações preferenciais da série A da Vale. Os papéis da mineradora ultrapassavam o volume de Petrobras PN, que normalmente figura como ação mais negociada. O movimento é reflexo do balanço do terceiro trimestre divulgado pela companhia hoje, cujo lucro líquido foi de R$ 1,84 bilhão, revertendo o prejuízo observado no trimestre anterior. Vale PNA subia 1,35%. Ainda entre os maiores volumes, Petrobras PN ganhava 1,49%, com petróleo se recuperando no mercado internacional.

Mercado europeu preocupado com China e petróleo; bolsas americanas em alta após balanços

As bolsas europeias registravam volatilidade nessa quinta-feira. Os investidores estão preocupados com a não concretização da proposta da Opep de redução da produção de petróleo em novembro. Iraque e Rússia sinalizaram negativamente para o projeto. Além disso, uma percepção maior de que o Fed aumentará juros em dezembro, balanços da ABB e Telefonica piores do que o esperado e o lucro industrial chinês desacelerando faz com que as bolsas europeias operem, em sua maioria, no campo negativo.

No Reino Unido, o Financial Times subia 0,08% após operar boa parte da manhã no campo negativo. Os investidores estão digerindo o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) britânico no terceiro trimestre, que registrou crescimento de 0,5%, superando as estimativas do mercado de uma alta de 0,3%. As empresas de mineração postam as maiores perdas em Londres depois da desaceleração observada no setor industrial da China.

Na Alemanha, o índice DAX recuava 0,05%. O Deutsche Bank registrou receitas melhores do que esperado no terceiro trimestre deste ano (279 milhões de euros) e suas ações subiam na bolsa alemã. O banco Barclays também sobe após registrar um aumento de 35% nos lucros antes dos impostos no mesmo período. No mercado francês, o CAC caía 0,15%. Já o Stoxx 50 recuava 0,06%.

Já as bolsas americanas abriram em alta apoiadas por balanços corporativos melhores do que o previsto. O índice Dow Jones ganhava 0,28% enquanto o S&P 500 subia 0,42%.

O mercado de commodities segue agitado com as preocupações com a proposta de redução de produção da Opep, que derrubaram o petróleo durante a semana. O barril do WTI, negociado em Nova York, subia 0,10%, mas ainda abaixo dos US$ 50, a US$ 49,25. Já o Brent se recuperava das perdas e ganhava 0,46%, a US$ 50,25 o barril. O minério de ferro teve dia de estabilidade no mercado da China, com a tonelada em US$ 62,30.

Juros e dólar em queda; BC mantém contratos de swap reversos

Os juros futuros recuavam nessa quinta-feira. Os contratos com vencimento em 2017 passavam de 13,726% para 13,715%. Já os DI’s para 2018 caíam de 12,280% para 12,220%. Os juros para 2021 recuavam de 11,280% para 11,230%.

O Banco Central manteve o leilão de até 5 mil contratos de swap cambial reverso no pregão de hoje. Faltando mais um dia para acabar o mês, já que o BC usualmente não faz operações de swap no último dia útil do mês, a autoridade monetária deve deixar vencer 59.210 contratos de swap cambial com vencimento em 1º de novembro, no valor de US$ 2,960 bilhões.

No mercado de câmbio, o dólar comercial recuava 0,25%, cotado a R$ 3,131. No câmbio turismo, a moeda americana registrava estabilidade em R$ 3,28 a compra e R$ 3,08 a venda.

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