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Ibovespa sobe 1,4% com melhora no exterior e no Brasil; Cetip deixa de ser negociada

O Índice Bovespa encerrou o dia hoje em alta de 1,37%, aos 65.528 pontos, em meio à alta das commodities e uma melhora nos cenários externo e interno. O volume negociado atingiu R$ 9,7 bilhões, acima da média do ano, de R$ 8,3 bilhões, indicando a volta dos investidores estrangeiros. Em março, até dia 27, os estrangeiros retiraram R$ 3,27 bilhões da Bovespa, reduzindo o saldo no ano para R$ 3,62 bilhões.

A perspectiva de que o governo evitaria o aumento de impostos para ajustar as contas públicas, o que acabou se confirmando no início da noite, acalmou um pouco os investidores, que temiam que uma tributação maior afetaria a ainda frágil recuperação da economia brasileira. Ainda assim, haverá o impacto das desonerações sobre folhas de pagamento, que vão aumentar o custo de várias empresas.

Os sinais de que o governo vai incluir novamente os funcionários públicos de Estados e  municípios na reforma da Previdência, dando um prazo de seis meses para as administrações aprovem suas mudanças ou aceitem as do governo federal, reanimaram também os investidores, que temem que a reforma acabe desfigurada. A notícia de que o presidente Michel Temer deve promulgar a lei de terceirização aprovada na Câmara, desistindo da do Senado, que prometia ser mais limitada, também agradou os investidores.

Petrobras sobe com petróleo

Os destaques do dia foram as ações da Petrobras e da Vale, além dos bancos. A ação preferencial (PN, sem voto) da estatal do petróleo subiu 3,18%, a segunda maior alta do Índice Bovespa, acompanhando a alta da commodity no exterior. Já a PNA da Vale ganhou 0,88%. Banco do Brasil ON (papel ordinário, com voto) subiu 3,63%, Itaú Unibanco PN, 1,48% e Bradesco PN 2,08%.

A maior alta do dia do Ibovespa foi da ação ON da BM&FBovespa, com 3,64% de ganho. A empresa concluiu hoje a operação de compra da concorrente Cetip, cuja ação ON subiu 0,92% em seu último pregão. O papel da Cetip, que deixará de ser negociada a partir de amanhã, foi o mais negociado no dia, seguido do da BM&FBovespa.

Além da ação da bolsa e da Petrobras, as maiores altas do Índice foram de BB ON, Smiles ON, 3,41%, e MRV ON, 3,18%. As maiores quedas foram de Santander Unit, 2,36%, Suzano Papel PNA, 2,42%, Eletrobras ON, 1,10%, Fibria ON, 1,52% e JBS ON, 0,66%. A JBS anunciou que dará férias coletivas em 10 de seus frigoríficos por conta da crise da Carne Fraca.

No exterior, o mercado voltou a acreditar nas reformas de Donald Trump, enquanto o Reino Unido dava seus primeiros passos para abandonar a União Europeia. O petróleo subiu após a divulgação de estoques abaixo do esperado nos EUA, com crescimento de 534 mil barris, ante uma previsão de 867 mil. O barril do tipo WTI negociado em Nova York subiu 2,3%, para US$ 49,51.

Na Europa, o Índice Euro Stoxx subiu 0,29%, enquanto o Financial Times, de Londres, subiu 0,41%. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,44% e o CAC, de Paris, 0,45%.

Nos EUA, o Dow Jones caiu 0,20%, enquanto o S&P500 subiu 0,11% e o Nasdaq ganhou 0,38%. Hoje, a Samsung apresentou seu novo modelo de celular, o Galaxy S8, depois dos problemas com as baterias do modelo S7 que explodiam.

No mercado de dólar comercial, a moeda americana caiu 0,73%, para R$ 3,117 para venda, enquanto o dólar turismo ficava estável, em R$ 3,27.  No mercado futuro de juros, as projeções dos contratos de DI para janeiro de 2018 caíram mais um pouco, para 9,81%, ante 9,86% ontem. Para janeiro de 2019, a taxa recuou para 9,41%, ante 9,47% ontem. E, para 2021, a taxa caiu para 9,86%, ante 9,92% ontem. Os dados do setor de serviços calculados pelo IBGE mostraram que a retomada da economia segue fraca, o que deve permitir ao BC brasileiro reduzir mais os juros em sua reunião de abril.

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