Ações, Ações na Arena

Ibovespa sobe 0,71% com Vale e Petrobras; cresce aposta em corte de 1,25 ponto nos juros

O Índice Bovespa fechou em alta de 0,71%, aos 64.308 pontos, recuperando parte das perdas da semana passada. O mercado foi puxado pelas ações da Vale e da Petrobras. O papel preferencial (PN, sem voto) da Petrobras ganhou 2,15% enquanto o PNA da Vale subiu 2,49%. Hoje, a Vale anunciou o substituto de Murilo Ferreira na presidência da empresa. O escolhido foi o presidente da Klabin, Fabio Schvarstsman, que deve assumir o posto em maio. A empresa anunciou ainda a conclusão da venda da mina de carvão e do complexo minerador de Moçambique para a Mitsui. Já a Petrobras confirmou hoje Pedro Parente como presidente executivo da empresa.

O volume negociado, porém, foi mais baixo, R$ 6,545 bilhões, inferior à média de R$ 8,3 bilhões por dia do ano e dos R$ 9,5 bilhões no mês, o que indica que a alta não foi tão convincente. Os volumes têm sido maiores nos dias de baixa, o que indica uma saída de investidores, como mostra o saldo de estrangeiros na Bovespa no mês, negativo em R$ 3,3 bilhões.

Novamente, as ações da Cetip foram destaque, com o terceiro maior volume negociado. A ação ordinária (ON, com voto) da empresa, que está sendo comprada pela BM&FBovespa, caiu 0,10%. Já o papel PN da bolsa, quinto mais negociado no dia, caiu 0,11%.

Usiminas sobe 8,6% e Eletrobrás cai 5,4%

As maiores altas do Ibovespa hoje foram de Usiminas PNA, 8,64%, CSN ON, 4,09%, Smiles ON, 3,79%, BFR ON, 3,60% e Cemig PN, 3,23%.

Já as maiores quedas foram de Eletrobras ON, 5,42%, Klabin Unit, 3,72%, Fibria ON, 2,62%, BB Seguridade ON, 2,21%, e JBS ON, 1,74%.

Europa fecha em queda e petróleo recua

No exterior, as bolsas na Europa fechara em queda, com o Euro Stoxx 50 subindo 0,20%, o Financial Times, 0,59%, o DAX, de Frankfurt, 0,57% e o CAC, de Paris, 0,07%. A primeira-ministra britânica Theresa May começará na quarta-feira a negociar a saída do país da União Europeia. O processo pode durar dois anos.

O petróleo caiu, o que ajudou a derrubar as bolsas europeias. Os países produtores reunidos neste fim de semana divulgaram um apelo para a manutenção da redução de produção definida no início do ano, mas o apelo não surtiu efeito nos preços. O barril do petróleo do tipo WTI, negociado em Nova York, caiu 0,6%, para 47,73.

EUA segue atento ao poder de Trump

Nos Estados Unidos, os mercados acompanham os desdobramentos da derrota de Donald Trump no Congresso. O presidente estaria articulando tentar derrubar o sistema de saúde do antecessor, o chamado Obamacare, junto ao Senado, mas os líderes republicanos enfrentam oposição de grupos da Câmara, que já rejeitaram votar a proposta. A expectativa também é com o começo da discussão do pacote fiscal de Trump no Congresso, que tenta reduzir impostos de pessoas e empresas.

O Índice Dow Jones fechou em baixa de 0,22%, o S&P 500, de 0,10% e o Nasdaq subiu 0,20%.

Juros futuros caem com perspectiva de corte maior

No Brasil, no mercado futuro da BM&FBovespa, os contratos de DI para janeiro de 2018 reduziram as projeções de juros para este ano, de 9,90% para 9,84%. Para janeiro de 2019, a projeção caiu de 9,45% para 9,43% e para 2021, de 9,87% para 9,86%. O mercado acompanhou a redução das projeções de inflação do relatório Focus do Banco Central. As projeções do mercado são de uma queda maior dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em abril. A maioria do mercado já trabalha com um corte de 1% nos juros hoje de 12,25%, mas há várias casas trabalhando já com um corte de 1,25%.

Segundo Pablo Stipanicic Spyer, diretor de operações da corretora Mirae, o mercado tem agora uma probabilidade implícita de corte nos juros na reunião de 12 de abril de 90% para 1 ponto e de 10% para 1,25 ponto.

O dólar comercial fechou em alta, de 0,74%, vendido por R$ 13,131. Já o dólar turismo fechou estável, vendido a R$ 3,28.

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