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Ibovespa resiste perto dos 64 mil pontos; JBS cai 11% e dólar sobe

O Índice Bovespa fechou praticamente estável pelo terceiro dia seguido, resistindo a uma realização de lucros mais forte. O Índice Bovespa caiu 0,06%, para 63,825 pontos, com R$ 9,110 bilhões negociados, acima da média do ano, de R$ 7,1 bilhões.

Petrobras e Vale ajudaram na alta do índice. O papel preferencial (PN, sem voto) da petroleira subiu 0,56% enquanto o ordinário (ON, com voto) ganhou 1,27%, apesar da queda do petróleo no mercado internacional. O barril voltou a ficar abaixo dos US$ 50,00. Vale ON subiu 1,97% e o papel PNA, 1,86%, ficando na lista das maiores altas do Ibovespa.

Já os bancos, maior peso no índice, não apresentaram uma tendência única. Itaú Unibanco PN subiu 0,61%, enquanto Bradesco PN caiu 0,41%. Banco do Brasil ON caiu 0,76% enquanto a unit (recibo de ações) do Santander ganhou 0,48%, depois do banco anunciar um lucro 10% maior este ano no terceiro trimestre.

Telefônica lidera altas do índice

As maiores altas do índice no dia foram de Telefônica do Brasil PN, com 3,54%, Vale ON, Suzano Papel ON, 1,95%, Vale PNA e Cemig PN. A Telefônica refletiu o resultado do terceiro trimestre divulgado ontem, com um lucro líquido de R$ 952,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 9,6% sobre um ano antes.

JBS cai 11% após BNDES barrar empresa no exterior

As maiores quedas do índice foram de JBS ON, com 11,45% de perda, depois de chegar a mais de 21% durante a tarde. A maior empresa de alimentos do Brasil despencou após anunciar que o BNDES barrou seu plano de reestruturação que previa uma cisão dos negócios no exterior em outra empresa, que poderia captar recursos com custos mais baixos.

Além de JBS, também foram destaque de baixa Natura ON, com queda de 4,28%, Marfrig ON, 4,17%, Cosan ON, 4,09% e Smiles ON, 3,74%.

Europa e EUA em queda junto com petróleo

No mercado internacional, as bolsas na Europa fecharam em queda, com o Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados da região, em baixa de 0,2%. O Financial Times, de Londres, caiu 0,85%, o DAX, de Frankfurt, 0,44% e o CAC, de Paris, 0,14%.

O petróleo em baixa ajudou a derrubar as bolsas na Europa, com o barril do tipo WTI, negociado em Nova York, caindo 1,46%, para US$ 49,23%, enquanto o Brent, de Londres, perdeu 1,61%, para US$ 49,97.

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones subiu 0,17%, mas o Standard & Poor’s 500 caiu 0,17%, assim como o Nasdaq, 0,63% .

Juros futuros e dólar sobem

No Brasil, os juros continuaram seu ajuste às manifestações do Comitê de Política Monetária (Copom), cuja ata ontem reforçou o cuidado com a redução dos juros nas próximas reuniões. As taxas para 2017 caíram ligeiramente, de 13,730% para 13,726% ao ano. Mas os para 2018 subiram, de 12,26% para 12,28% e os para 2021, de 11,20% para 11,28% ao ano.

No mercado de câmbio, o dólar comercial voltou a subir, apesar da expectativa de forte entrada de moeda americana por conta do fim do prazo para regularização de recursos no exterior, que termina dia 31, segunda-feira. A expectativa de que haja um grande volume de retardatários pedindo para trazer dólares do exterior fez o Banco Central esticar o horário de registro das operações de câmbio das 19 horas para as 23 horas.

O dólar comercial subiu 1,19%, para R$ 3,143 para venda. Já o dólar turismo ficou estável, em R$ 3,28 para venda.

 

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