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Ibovespa fecha em alta de 0,57% e tem ganho de 7,38% em janeiro; Vale sobe 30%

O Índice Bovespa encerrou o dia em alta de 0,57%, aos 64.670 pontos, recuperando parte das perdas de ontem, quando o índice caiu mais de 2%. Com o resultado de hoje, o índice acumulou alta de 7,38% em janeiro, com 60,05% em 12 meses. A queda dos juros, acelerada neste mês para 0,75 ponto percentual pelo Banco Central e a recuperação dos preços das commodities no exterior, em especial do minério de ferro, puxaram as ações brasileiras.

Estrangeiros trouxeram R$ 6,2 bi para a Bovespa

No dia, o volume negociado foi baixo, R$ 6,4 bilhões, para uma média no ano passado de R$ 7,4 bilhões. O índice foi puxado neste mês por estrangeiros e pessoas físicas, que voltaram às compras. Neste mês, até dia 26, os estrangeiros trouxeram R$ 6,229 bilhões para a Bovespa, segundo dados da BM&FBovespa, quase metade do saldo de 2016, de R$ 14,3 bilhões. Já as pessoas físicas aumentaram sua participação no volume negociado de 17% em 2016 para 19,8% em janeiro.

No dia, Petrobras e Vale voltaram a ser destaques, com os maiores volumes negociados. O papel preferencial (PN, sem voto) da estatal do petróleo subiu 1,21% e o ordinário (ON, com voto), 0,31%. Já o PNA da Vale subiu 0,36% e o ON caiu 0,22%.

BR Malls sobe 7% com dados de shoppings

As maiores altas do dia do índice foram lideradas por BR Malls Participações ON, que subiu 7,71%. A empresa de shoppings disparou após dados da Associação Brasileira de Shopping Centers mostrarem um crescimento de 4,3% nas vendas e uma previsão de mais 5% este ano. Cemig PN subiu 6,90%, com as especulações de que o governo de Minas Gerais terá de privatizar a empresa dentro das negociações de socorro financeiro com o governo federal. Usiminas PNA subiu 4,37%, MRV ON, 4,16% e Copel PNB, 3,81%.

Já as maiores quedas foram de Fibria ON, 7,06%. A empresa divulgou hoje seu balanço no quarto trimestre com prejuízo por conta da queda do dólar. Suzano Papel PNA também caiu, 3,74%, seguida por Estácio Participações ON, 3,05%, Kroton ON, 2,81% e Natura ON, 2,28%.

Bradespar sobe 40% e Vale, 30% em janeiro

No mês, o destaque foram as ações da Vale, que ajudaram a puxar o Índice Bovespa. A maior alta do índice em janeiro foi Bradespar PN, holding do Bradesco que investe em papéis da mineradora, e que subiu 40,07%. Vale PNA subiu 30,89%, a segunda maior alta do mês, seguida de Usiminas PNA, com 28,05%, Cyrela Realty ON, 26,10% e Vale ON, 25,31%. A queda dos juros deve beneficiar as construtoras, o que justifica a alta de Cyrela.

As maiores baixas do mês foram de Eletrobras ON, 8,68%, Klabin Unit, 8,35%, Fibria ON, 7,90%, BR Foods ON 7,85% e Suzano Papel PNA, 5,63%. O dólar em baixa explica boa parte das perdas das empresas, em sua maioria exportadoras. No caso da Eletrobras, parte da sua receita vem de Itaipu, cotada em dólar.

Europa fecha em queda

No exterior, as bolsas de Europa fecharam em queda, apesar dos dados positivos do PIB da região no quarto trimestre. O Índice Euro Stoxx 50 caiu 0,98%, puxado para baixo pelo DAX, de Frankfurt, que caiu 1,25%, e pelo CAC, de Paris, com -0,75%. O Financial Times, de Londres, caiu 0,27%.

Nos EUA, frustração com Trump

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones caiu 0,54%, o Standard & Poor’s 500, 0,09% e o Nasdaq subiu, 0,02%. No mês de janeiro, o S&P 500 subiu 1,8%, acumulando em 12 meses 17,5%, segundo a Economática. As bolsas americanas devolveram parte dos ganhos obtidos após a eleição de Donald Trump e da esperança de um governo que estimulasse a economia e as empresas. Os primeiros atos do novo presidente, porém, mostraram pouco preparo e uma capacidade de criar confusões e dar tiros no pé nunca vista, o que preocupou os investidores.

Já o Dow Jones subiu 0,5% em janeiro e acumula 20,6% em 12 meses. O Nasdaq se saiu melhor em janeiro, com ganho de 4,3% e acumulado de 21,7% em 12 meses.

 

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