Ações, Ações na Arena

Ibovespa beira 54 mil pontos com mercado global; Cemig ganha 9%

Com seu maior nível desde 28 de abril, impulsionado pelos mercados internacionais, o Índice Bovespa fechou em alta de 1,54%, aos 53.960 pontos, depois de superar os 54 mil pontos durante o pregão. O Ibovespa está de volta aos níveis da instalação da Comissão do Impeachment no Senado, que precedeu o afastamento da presidente Dilma Rousseff, em 12 de maio, e a posse do vice Michel Temer como presidente interino. O volume financeiro da bolsa somou R$ 6,188 bilhões, ainda abaixo da média anual de R$ 7 bilhões.

Descolada dos preços do petróleo, que caiu quase 2% lá fora, as ações ordinárias (ON, com voto) e preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras subiram 4,80% e 5,28%, respectivamente. A petroleira informou hoje novo recorde médio de produção mensal, com produção média de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

Também com o minério de ferro marcando leve alta, de 0,40% na China, Vale ON subiu fortes 4,14%, e os papéis PNA da mineradora, 3,69%. Entre os bancos, afetados positivamente pelo bom humor estrangeiro, Itaú Unibanco PN subiu 0,97%, Bradesco PN, 1,13%, Banco do Brasil ON, 4,59%, e as units (recibos de ações) do Santander, 2,19%.

Cemig ganha 9% e BR Malls perde 3%

Os maiores ganhos do Ibovespa foram liderados por Cemig PN, 9,76%, Copel PNB, 6,57%, Petrobras ON, e Petrobras PN. A Reuters aponta a alta da Cemig puxada pela melhora do setor elétrico, com mais chances de fusões e aquisições, especialmente depois da compra da parte da Camargo Correa na CPFL pelos chineses da State Grid. Já as piores quedas do índice ficaram com BR Malls ON, 3,18%, JBS ON, 2,33%, Weg ON, 2,19%, e Marfrig ON, 0,71%.

Petróleo cai quase 2%; Ásia anima mercados

Na contramão dos mercados globais, o petróleo WTI, negociado em Nova York, perdeu 1,98%, para US$ 44,51, acompanhado pelo barril do Brent, de Londres, 1,48%, para US$ 46,07. Da Ásia, os investidores receberam as melhores notícias do dia: o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, lançará um novo pacote de estímulo fiscal, depois de conseguir maioria no Senado na votação do fim de semana.

Nova premiê ajuda a segurar bolsas na Europa

A notícia de que a secretária do Interior, Theresa May, assumirá a função de primeira-ministra do Reino Unido no lugar David Cameron ainda essa semana, dando fim à forte instabilidade política no país, ajudou hoje a garantir a estabilidade das bolsas europeias, depois do caos causado pelo Brexit nas últimas semanas. Por lá, o Stoxx, das 50 ações mais negociadas do bloco, ganhou 1,10%, o britânico Financial Times, 1,04%, o francês CAC, 1,36%, e o alemão DAX, 1,48%. Essa é a segunda vez que o Partido Conservador britânico escolhe uma mulher para a função. A primeira foi Margaret Thatcher, conhecida como Dama de Ferro.

S&P bate máxima em mais de um ano

Nos Estados Unidos, o S&P 500 atingiu seu recorde em mais um ano como reflexo da aposta dos investidores de que a economia local continua sólida, com ajuda dos dados de emprego e petróleo da semana anterior. O indicador americano avançou 0,34%, para 2.137, seguido pelo Dow Jones, 0,44%, e o índice da Nasdaq, 0,64%. Hoje, a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Kansas, Esther George, ratificou sua posição a favor de uma alta gradual dos juros.

Os juros dos papéis de 10 anos do Tesouro dos EUA subiram, para 1,43% ao ano, 0,07 ponto percentual acima de sexta-feira, acompanhando os papéis de outros países vistos como porto seguro, como Alemanha (-0,164% ao ano, 0,02 ponto acima) e Japão (-0,275% ao ano, 0,013 ponto mais).

Juros recuam; destaque para longos

Em meio ao avanço de 0,55% do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na primeira prévia de julho e aos reajustes de estimativas das instituições financeiras para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) no Boletim Focus, os juros futuros recuaram. Para 2017, as taxas passaram de 13,89% ao ano para 13,88%, ao passo que 2018 manteve projeções estáveis, a 12,69%. Os negócios válidos até 2019 tiveram juros de 12,19%, ante 12,20% ontem, no mesmo sentido que 2021, cujas projeções caíram de 12,07% para 12%.

Mesmo com BC, dólar se mantém em R$ 3,31

Apesar da nova intervenção significativa do Banco Central (BC) no mercado de câmbio, com leilão de até 10 mil contratos de swap cambial reverso de aproximadamente US$ 500 bilhões, o dólar comercial subiu apenas 0,42%, ainda aos R$ 3,31 na venda, enquanto o dólar turismo se manteve estável aos R$ 3,43.

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