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Ibovespa abre estável com avanço no ajuste fiscal; petróleo e dólar sobem

O Índice Bovespa iniciou o dia estável, em um ambiente de aversão ao risco no exterior e alta do petróleo. O mercado repercute os avanços no Congresso das propostas do governo de reforma fiscal, em especial a emenda que limita o aumento dos gastos públicos. Os investidores aguardam os dados de emprego nos EUA, que saem amanhã.

O Índice Bovespa subia 0,07% às 10h40, aos 60.303 pontos, com destaque para a alta das ações da Petrobras, também por conta do fim da obrigatoriedade da estatal participar de todos os projetos do pré-sal.

As ações preferenciais (PN, sem voto) da estatal subiam 1,30% enquanto as ordinárias (ON, com voto) ganhavam 1,74%. As ações da estatal eram a segunda e a terceira maiores altas do índice, atrás apenas da Embraer ON, que ganhava 2,15%. Gerdau Metalúrgica vinha atrás, com 0,83% de ganho.

Já as maiores quedas do índice eram das ações ON da CCR, com -2,59%, seguidas das ON da Tim, com -1,84%, das ON da Sabesp, com -1,72%, e das ON da Localiza, -1,43%

Nos bancos, Itaú Unibanco, maior peso no índice, perdia 0,08% e BM&FBovespa ON, segundo papel mais negociado até agora no índice, subia 0,57%. Hoje pode terminar a greve dos bancários, que já dura 31 dias.

Europa em ligeira baixa

No exterior, as bolsas na Europa ainda refletem a preocupação com o Deutsche Bank e com a possível retirada dos incentivos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE), além dos efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia. O Índice Stoxx 50 subia 0,04%, praticamente estável, enquanto o Financial Times, de Londres, recuava 0,17%. O DAX, de Frankfurt, perdia 0,08% e o CAC, de Paris, 0,05%.

Já nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones começava o dia em ligeira queda, de 0,19%, enquanto o Nasdaq perdia 0,16%.

O mercado americano aguarda os números de emprego de setembro, que sairão amanhã e podem definir se o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai subir os juros em breve.

Petróleo supera US$ 50 nos EUA

No mercado de petróleo, depois dos dados indicando queda nos estoques americanos, o barril de petróleo do tipo WTI, negociado em Nova York, voltou para os US$ 50,00, sendo negociado a US$ 50,24, em alta de 0,82%. O Brent, de Londres, subia 0,91%, para US$ 52,33.

Os juros nos EUA seguem em alta, com o título de 10 anos pagando 1,732% ao ano, 0,028 ponto percentual acima da taxa de ontem. O ouro cai 0,90%, na menor cotação em três meses, reflexo do juro mais alto.

Juros recuam no curto prazo e sobem no longo

No mercado brasileiro, a expectativa de avanço nas votações da proposta de emenda constitucional que limita o aumento dos gastos públicos ajuda a derrubar os juros. O avanço também na proposta de reformulação da repatriação de recursos, que pode ser votada na semana que vem em regime de urgência, também vai garantir mais recursos para o governo federal.

Os contratos futuros de juros DI para janeiro de 2017 abriram projetando 13,71% ao ano, abaixo dos 13,724% ao ano de ontem. Para janeiro de 2018, a projeção era de 12,06%, ante 12,08% ontem. Já para 2021, a taxa subiu para 11,36%, ante 11,33% ontem.

Já no mercado de câmbio, o dólar comercial está em alta hoje, acompanhando os mercados internacionais e a alta dos juros nos EUA. A moeda americana subia 0,74%, para R$ 3,242 para venda, enquanto o dólar turismo era vendido a R$ 3,38, estável.

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